sexta-feira, 27 de maio de 2011

Estou pesquisando a obra como ler um livro


Esse livro é bom para quem quer melhorar sua compreensão tanto de leitura como quem pretende escrever um livro.

Autores desse livro
Mortimer J. Adler
Charles Van Doren

. Regras da primeira leitura: . 1.1) Que tipo de livro se lê, qual assunto dele; 1.2) O que o livro, como um todo, procura dizer; 1.3) Em quantas partes o livro se divide; 1.4) Dos problemas principais, quais que o autor procura resolver. . Acho importante fazer uma análise superficial do livro antes de iniciar sua leitura. Prossigo na apresentação, introdução, artigos favoráveis e contra, folheio, leio o índice com calma, etc. . . Regras da segunda leitura: . 2.1) Descobrir e interpretar palavras, sentenças importantes e parágrafos que exprimem argumentos. 2.2) Analisar quais problemas o autor resolveu e quais deixou sem solução. . A segunda leitura é a mais complicada, requer entendimento do contexto geográfico, histórico, biografia, etmologia, dicionários, pesquisas na internet e até enciclopédias. Esse detalhismo ajudará separar fatos de propagandas. Exemplo: Ao estudar história na época da inquisição, ler livros favoráveis e não favoráveis. Também é necessário saber dosar e "dar um tempo" para que a compreensão se instale por cima do conhecimento adquirido, com insights e reflexões que surgem pouco a pouco em nossa mente; além da tentativa de colocar em prática os ensinamentos de vários modos, até perceber se é verdade ou não as propostas e teoria do autor. Neste ponto o leitor perceberá onde concorda e onde discorda com o autor, podendo depois reiniciar a conversa com o mesmo. Após o auto-conhecimento necessário para saber julgar a hora de parar e de continuar, o leitor deverá atentar-se ao fato de só ir para o parágrafo seguinte após ter entendido a idéia do anterior; para ao final do capítulo, parte e livro, formar um bloco de conhecimento. Dá muito trabalho, principalmente em livros complexos. . Fazendo-no com dedicação, os próximos livros serão entendidos mais facilmente. . . . Regras da terceira leitura: . 3.1) Ter certeza que efetuou bem a segunda leitura; 3.2) Ver se concorda ou não, e em quais pontos isso ocore. 3.3) Não disputar ou brigar; 3.4) Considerar discordâncias como remediáveis. . Não disputar e não brigar, é basicamente não sentir-se puto da vida, simplesmente querendo meter a real ou sair falando continuamente uma série de coisas, sem início meio e fim. É um auto-controle que deve ser trabalhado no homem dia a dia, como uma pedra que vai sendo talhada, moldada, até tornar-se obra de arte. A partir daí, o leitor prossegue pesquisando os temas que discordou afim de perceber se o erro está nele ou no autor. . Basicamente, a discordância só pode ter 4 embasamentos básicos: . a) O Autor não está informado - Citar as premissas erradas; b) O Autor está mal informado - Citar os pontos que o mesmo errou em suas premissas; c) Autor ilógico, raciocínio não convence - Citar o erro de desenvolvimento que ocorre entre premissa e conclusão; Non Sequitur: O que é dado como conclusão não resulta das razões apresentadas; Inconsistência: Duas coisas que o autor procurou afirmar são incompatíveis. d) Análise Incompleta: Premissa Correta, mas mal interpretada. . . ........... . . Essa é a idéia básica que retirei do Livro do Mortimer, sobre leitura e interpretação. Foi uma análise superficial, fiquem a vontade para comentar, complementar, etc.
Fonte:

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Um debate sobre consumismo e publicidade na infância

Livro e Leitura na programação da 76ª Feira de Troca de Olhos D’Água




     SECRETARIA MUNICIPAL  DE CULTURA E TURISMO DE ALEXÂNIA-GO
CONVITE

                   Temos a honra de convidar Vossa Senhoria juntamente com sua família, para participar da 76ª FEIRA DO TROCA DE OLHOS D’ÁGUA, que terá seu início no próximo dia 03 de junho do ano em curso.Estamos enviando em anexo a programação cultural.
                  
Sem mais para o momento desde já agradecemos Vossa presença.
  
Alexânia – Goiás 18 de junho de 2011

Demerval Gomes Alves
Secretario de Cultura e Turismo

Programação

76ª Feira de Troca de Olhos D’Água

Sexta – feira dia 03/06/2011

Oficina de produção de texto (Asas da Imaginação) Acordes -17:00h
Rodada de Leitura – Maria da Catira - 18:00h
Troca Literário – Tenda da Carroça - 19:00h                 
Documentário - Mãos que Constroem - Alan Madrilis - 19:30h
Abertura Oficial – Hino de Olhos D’Água - Joventino Carlos - 20:00h
Oficina de iniciação de teatro - Circo Intimus - 20:20h              
Concurso de quadrilha - 21:30h
Mendes e Marcos e Gilmar dos teclados - 10:30h                                                      


Sábado dia 04/06/2011

Pintura de Rosto – Professor Erialdo - 15:00h
Racumim e Racutia - 16:00h                              
Mamulengo sem Fronteiras - 17:00h
Grupo de Dança Pezim - Mariana Bulhões18:00 h
Concurso de Catira - 21:00h
Beirão do Forró - 10:00h
Feras de Goiás - 11:00h


Domingo dia 5/06/2011

Quarteto Capivara - 07:00h
Mamulengo sem fronteiras - 08:00h
Hino de Olhos D’Água Joventino - 08:50h
Cortejo Meninagem - 09:00h
Grupo vencedor do concurso de catira - 09:30h
Grupo Flor de Pequi - 10:00h
Orquestra de Violeiros - 11:00h
Adalto Bento Leal - 12:00h
Pedro Samambaia - 13:00h

Relatório da Oficina de Formação Continuada de Mediadores de Leitura

 
1. Estado
DF
2. Município
  
3. Bairro
Samambaia
4. Número de Participantes
   20 pessoas
5. Data
19/05/2011
6. Educadores Responsáveis pela atividade

Paula dos Santos Almeida e Francisco Martins
7. Organizações envolvidas com a atividade (parcerias)
Associação Arte Cultura e Vida – RECID - DFE



8. Objetivo da atividade:

Formação Continuada de Mediadores de Leitura - Contribuir para a ampliação do índice de leitura a partir da formação continuada de mediadores de Leitura, junto aos professores e/ou responsáveis por bibliotecas, capacitando-os com embasamento teórico e orientação prática. 


9. Caracterização do grupo que participou da atividade (...)

20 pessoas ligadas a área do Livro e Leitura como bibliotecários, agentes da Mala do Livro, Bibliotecários, professores e representantes da comunidade. Todos com o intuito de aprender mais sobre a metodologia para formação do leitor.  



10. Descrição dos momentos que compuseram a atividade de formação, dos conteúdos abordados, da metodologia e materiais utilizados:

A oficina teve início às 8:00 horas

1° Acolhida e boas vindas aos participantes
2° Apresentação das instituições responsáveis pelo curso e dos educadores/as mediadores/as da etapa
3° Apresentação dos participantes através da dinâmica a seguir:

a) Leitura do texto “O desafio do mar” (ANEXO 1)
b) Formaram-se grupos de 4 ou 5 pessoas e encaminharam-se as seguintes tarefas:
(dar uma cópia do texto, 1 folha de papel madeira, pincéis atômicos, tesoura, cola, papel sulfite... para cada grupo).
c) Refletir no grupo a questão: Qual é o desafio do mar?
d) Fazer um barco de papel colorido (utilizando o material dado)
e) Criar um cartaz com uma paisagem colorida que contenha: o barco feito, praia, árvores, sol, e outros elementos desejados.
f) Escolher o nome do grupo e escrevê-lo.
g) Escrever uma frase de otimismo para engrandecimento do grupo.
h) Apresentação do trabalho de cada grupo e dos seus participantes (nome, o que faz e por que está no curso).


Atividades práticas
09:00h - Construção da escrita – (Vídeo 15 minutos)

Procedimentos:
Orientar que vamos assistir a um pequeno vídeo que fala da origem da escrita e todos tiveram a oportunidade de fazer comentários a respeito e compartilhar o conhecimento.

09h30 - O que é ser um/a mediador de leitura?
Procedimentos:

a)        Disponibilizamos tarjetas e pincéis atômicos para os participantes;
b)        Pedimos que cada um/a escrevesse na tarjeta o que pensa ser ou defina o que é ser um mediador/a de leitura?
c)         Após todos/as falarem sobre sua definição o mediador/a procede comentários gerais e concluímos com a leitura compartilhada do texto:

“Construção do eu leitor – como se dá a formação do leitor”. (ANEXO 2)

10h15 - Lanche

10h30 – O papel do/a mediador/a de leitura:

Procedimentos:
a)    Através de um slide apresentar e discutir os seguintes objetivos com os participantes, lembrando que são objetivos que a ação do mediador/a de leitura deve despertar nos seus acompanhados/as ou educandos/as.

Conteúdo do slide:

Que os mediados/as sejam capazes de:

- Valorizar a língua como veículo de comunicação e expressão das pessoas e dos povos.

- Respeitar a variedade linguística que caracteriza a comunidade dos falantes da Língua Portuguesa.

- Expressar-se oralmente com eficácia em diferentes situações, interessando-se por ampliar seus recursos expressivos e enriquecer seu vocabulário.

- Dominar o mecanismo e os recursos do sistema de representação escrita, compreendendo suas funções.

- Interessar-se pela leitura e escrita como fontes de informação, aprendizagem, lazer e arte.

- Buscar e selecionar textos de acordo com suas necessidades e interesses.

-Expressar-se por escrito com eficiência e de forma adequada a diferentes situações comunicativas, interessando-se pela correção gramatical e ortográfica.

11:00h     Exercitando a linguagem oral -  Atividade:

Procedimentos:
a)        Exercitando a linguagem oral –  explicamos que iríamos começar uma história imaginária e que cada um deveria contribuir com a narração, acrescentando uma parte à história. Ao final atribuir em concordância com o grupo, um título para a narrativa.

b)    Avaliamos rapidamente a atividade ressaltando:  A importância de saber ouvir / Os problemas da história como deslizes que muitas vezes acontecem quando falamos, relatamos um fato a alguém, lacunas, etc./ Destacamos  também a importância da linguagem oral para a comunicação e para o processo de leitura e aprendizagem.


11h30h  - A capacidade de leitura do cérebro - Atividade:

Procedimentos:
a)    Apresentar o slide com as estratégias de leitura (SLIDE)
Ao termino dessa atividade informar que na etapa seguinte iremos estudar sobre o que acontece quando lemos.

- Encaminhamento para próxima etapa: cada participante fazer um registro de suas impressões e aprendizados da 1ª etapa e trazer na 2ª etapa.

11h50 - Avaliação da etapa e encerramento.
.   


11.   Apresentação dos avanços e aprendizados dessa atividade

  • Aprendemos sobre o papel do mediador de leitura não somente como agente formador de leitores, mas também como agente de transformação social;
  • Entendemos do se se trata as diversas linguagens, linguagem Verbal, Não verbal e mista;
  • Entendimento geral sobre a diferença entre o contador de histórias e o mediador de leitura.



13. Descreva as facilidades e dificuldades encontradas para realização dessa atividade

           A facilidade foi poder contar com vários parceiros e colaboradores para a realização deste curso. Entre eles a Biblioteca Braille e a Faculdade Católica nos do curso, que não somente compareceram, mas auxiliaram na divulgação do curso.
A dificuldade é que várias mais pessoas gostariam de estar presente, mas por se tratar de um dia de trabalho (quinta-feira, pela manhã), não puderam comparecer.



14. Quais os resultados alcançados?

          Comum entendimento entre todos os participantes sobre o papel social que tem o mediador de leitura, que vai além da formação do leitor.                 



15. Comentários


         A oficina proporcionou um momento de debate e reflexão sobre o papel da família e da escola, sobretudo do professor como os principais mediadores de leitura, ou que deveriam ser. Foram abordados temas como as dificuldades que o professor enfrenta e como ele também pode se tornar um “entrave” no processo.
Quando por exemplo se utiliza muito mais dos recursos tecnológicos ( internet) do que do livro.


Nome da Entidade responsável:
Associação Arte Cultura & Vida e Recid DF

Assinatura do educador responsável :

Paula dos Santos Almeida

Contato educador responsável (e-mail e telefone):
Paula dos Santos Almeida –
(61) 34581195 (61) 99783022

Minha primeira contribuição

O momento é mágico para que juntos estejamos ligados numa corrente que nos fortalece para realização do programa de forma eficaz.
Maria José Lira Vieira - Chefe do Núcleo do Programa Mala do Livro.

O Livro que escrevi: A luta dos quadrinistas no DF


Minha meta agora é que todos os quadrinistas do DF e Entorno publiquem constantemente suas próprias histórias em quadrinhos.

Então todos os quadrinistas tem que voltar a publicar, e para isso temos que contar com apoio de toda sociedade.

Com a criação da Associação de Quadrinistas de Brasília – AQB esse sonho pode vir a se tornar realidade.

No momento eu estou coordenando duas oficinas de quadrinhos em Ceilândia e Santo Antonio do Descoberto.

Mas pretendo fundar mais oficinas de quadrinhos e chamar mais quadrinistas para que juntos venhamos a mudar a situação do quadrinho nacional.

Fonte:

http://clubedeautores.com.br/book/31902--A_luta_dos_quadrinistas_no_Distrito_Federal

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Quando vai ser a próxima Feira do Livro de Brasília?



















Estou escrevendo um livro, só que tinha parado em apenas uma página. Mas é assim, escrever é como uma caminhada. É preciso dar o primeiro passo. Já participei da Feira do livro de 2010.
Quando se escreve um livro a primeira vez, você acaba vendo que não é tão difícil, mas dá um pouco de trabalho, assim com escrever esse post. É importante a prática e sempre ler bons livros. Todos podem escrever excelentes obras literárias.
Um livro não precisa fazer sucesso. Se foi lido por apenas uma pessoa já cumpriu sua missão, que é informar e ensinar as pessoas.

Uma contadora de histórias e seu repertório


Daniele Ramalho é atriz e contadora de histórias, formada em artes cênicas pela Uni-Rio e tem participado de programações em importantes instituições culturais no Brasil e no exterior. Nos últimos anos tem participado também de programas de rádio e televisão, tendo criado roteiros de programas sobre mitologia indígena para TV Brasil e Cultura. Apresentou-se em diversas edições do Simpósio Internacional de Contadores de Histórias (RJ), ao lado narradores de diversos países como Coralia Rodrigues(Cuba), Jean Michel Hernandez (França), Benita Prieto(Brasil) e Boniface O'fogo (Camarões). Participou de programações e festivais na França, em cidades como Paris e Toulouse, e em instituições como a Maison du Conte, em Paris, e na Maison de la Parole, em Burkina Faso, na África Ocidental. Em Burkina, Daniele representou o Brasil no festival YELEEN em janeiro de 2011; narrando histórias brasileiras em cinco cidades. A atriz conta histórias para público adulto e infantil, em espaços diversos como: teatros, ruas, parques, museus, escolas, biblioteca- e até em clareiras de florestas e dentro do rio.

DIA 21/05 - 16.30h Aula-espetáculo "CONTOS INDÍGENAS : uma experiência"

:: Ingresso: R$ 5,00/ Lotação: 50 lugares.

Daniele vai contar histórias indígenas e falar sobre sua experiência com esta tradição e sobre a utilização de referências das cosmologias destes povos na construção do trabalho. Falará da importância dos mitos, da análise e escolha da versão a ser narrada e do trabalho com a corporalidade, mostrando fotos e vídeos que ilustrem estas experiências.


DIA 22/05 - 16.30h Aula-espetáculo "CONTOS AFRICANOS e uma viagem a Burkina Faso, o país dos homens íntegros"

:: Ingresso: R$ 5,00/Lotação: 50 lugares.

A atriz vai narrar histórias africanas e falar de sua experiência com o griot Sotigui Kouyaté que conheceu em 2002. O griot é o portador da tradição oral, da memória de seu povo e tem funções espirituais e políticas, exercendo importante papel social. Sotigui foi um homem de grande importância para a cultura africana, um verdadeiro embaixador da África no mundo. Em janeiro de 2011, Daniele foi convidada a participar do festival YELEEN, na Maison de la Parole, instituição criada por ele e que hoje é dirigida por seu filho, Hassane Kouyaté. As imagens e relatos desta viagem serão partilhadas nesta aula-espetáculo.

Informações: colectivoalmanaque@gmail.com, difusão.folclore@iphan.gov.br

Museu do Folclore Edison Carneiro
Rua do Catete, 179. Catete.
Rio de Janeiro
Tel: 2285-0441 (Difusão Cultural)

www.danieleramalho.com.br

www.cnfcp.gov.br

quinta-feira, 19 de maio de 2011

LIVRO DIDÁTICO Polêmica ou ignorância?

Por Marcos Bagno 

Para surpresa de ninguém, a coisa se repetiu. A grande imprensa brasileira mais uma vez exibiu sua ampla e larga ignorância a respeito do que se faz hoje no mundo acadêmico e no universo da educação no campo do ensino de língua. Jornalistas desinformados abrem um livro didático, leem metade de meia página e saem falando coisas que depõem sempre muito mais contra eles mesmos do que eles mesmos pensam (se é que pensam nisso, prepotentemente convencidos que são, quase todos, de que detêm o absoluto poder da informação).
Polêmica? Por que polêmica, meus senhores e minhas senhoras? Já faz mais de quinze anos que os livros didáticos de língua portuguesa disponíveis no mercado e avaliados e aprovados pelo Ministério da Educação abordam o tema da variação linguística e do seu tratamento em sala de aula. Não é coisa de petista, fiquem tranquilas, senhoras comentaristas políticas da televisão brasileira e seus colegas explanadores do óbvio.
Já no governo FHC, sob a gestão do ministro Paulo Renato, os livros didáticos de português avaliados pelo MEC começavam a abordar os fenômenos da variação linguística, o caráter inevitavelmente heterogêneo de qualquer língua viva falada no mundo, a mudança irreprimível que transformou, tem transformado, transforma e transformará qualquer idioma usado por uma comunidade humana. Somente com uma abordagem assim as alunas e os alunos provenientes das chamadas "classes populares" poderão se reconhecer no material didático e não se sentir alvo de zombaria e preconceito. E, é claro, com a chegada ao magistério de docentes provenientes cada vez mais dessas mesmas "classes populares", esses mesmos profissionais entenderão que seu modo de falar e o de seus aprendizes não é feio, nem errado, nem tosco; é apenas uma língua diferente daquela – devidamente fossilizada e conservada em formol – que a tradição normativa tenta preservar a ferro e fogo, principalmente nos últimos tempos, com a chegada aos novos meios de comunicação de pseudo-especialistas que, amparados em tecnologias inovadoras, tentam vender um peixe gramatiqueiro para lá de podre.
Defender uma não significa combater a outra
Enquanto não se reconhecer a especificidade do português brasileiro dentro do conjunto de línguas derivadas do português quinhentista transplantado para as colônias, enquanto não se reconhecer que o português brasileiro é uma língua em si, com gramática própria, diferente da do português europeu, teremos de conviver com essas situações, no mínimo patéticas. A principal característica dos discursos marcadamente ideologizados (sejam eles da direita ou da esquerda) é a impossibilidade de ver as coisas em perspectiva contínua, em redes complexas de elementos que se cruzam e entrecruzam, em ciclos constantes. Nesses discursos só existe o preto e o branco, o masculino e o feminino, o mocinho e o bandido, o certo e o errado e por aí vai.
Darwin nunca disse, em lugar algum de seus escritos, que "o homem vem do macaco". Ele disse, sim, que humanos e demais primatas deviam ter se originado de um ancestral comum. Mas essa visão mais sofisticada não interessava ao fundamentalismo religioso, que precisava de um lema distorcido, como "o homem vem do macaco", para empreender sua campanha obscurantista que permanece em voga até hoje (inclusive, no discurso da candidata azul disfarçada de verde à presidência da República no ano passado).
Da mesma forma, nenhum linguista sério, brasileiro ou estrangeiro, jamais disse ou escreveu que os estudantes usuários de variedades linguísticas mais distantes das normas urbanas de prestígio deveriam permanecer ali, fechados em sua comunidade, em sua cultura e em sua língua. O que esses profissionais vêm tentando fazer as pessoas entenderem é que defender uma coisa não significa automaticamente combater a outra. Defender o respeito à variedade linguística dos estudantes não significa que não cabe à escola introduzi-los ao mundo da cultura letrada e aos discursos que ela aciona. Cabe à escola ensinar aos alunos o que eles não sabem! Parece óbvio, mas é preciso repetir isso a todo momento.
Defensores da "língua certa"
Não é preciso ensinar nenhum brasileiro a dizer "isso é para mim tomar?" porque essa regra gramatical (sim, caros leigos, é uma regra gramatical) já faz parte da língua materna de 99% dos nossos compatriotas. O que é preciso ensinar é a forma "isso é para eu tomar?" porque ela não faz parte da gramática da maioria dos falantes de português brasileiro, mas, por ainda servir de arame farpado entre os que falam "certo" e os que falam "errado", é dever da escola apresentar essa outra regra aos alunos, de modo que eles – se julgarem pertinente, adequado e necessário – possam vir a usá-la.
Também. O problema da ideologia purista é esse também. Seus defensores não conseguem admitir que tanto faz dizer assisti o filme quanto assisti ao filme; que a palavra óculos pode ser usada tanto no singular (o óculos, como dizem 101% dos brasileiros), quanto no plural (os óculos, como dizem dois ou três gatos pingados).
O mais divertido (para mim, pelo menos, talvez por um pouco de masoquismo) é ver os mesmos defensores da suposta "língua certa", no exato momento em que a defendem, empregarem regras linguísticas que a tradição normativa que eles acham que defendem rejeitaria imediatamente. Pois no sábado (14/5), assistindo ao Jornal das Dez, da GloboNews, ouvi da boca do sr. Carlos Monforte essa deliciosa pergunta: "Como é que fica então as concordâncias?" Ora, sr. Monforte, eu lhe devolvo a pergunta: "E as concordâncias, como é que ficam então?

Comentários
Raquel Quintino Não é polêmica nem ignorânica e sim preconceito.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Oficina de Quadrinhos de Ceilândia precisa de voluntários


No espaço Cultural de Ceilândia está de volta a oficina de quadrinhos e convida a todos os desenhistas e roteiristas para participarem desse projeto de produção constante de histórias em quadrinhos.
Quem tiver gibis e livros de desenho podem doar também para ajudar o Projeto, nesse dia 19 de Maio vai ter uma reunião às 9:oo da manhã.

Fone: 3967-8781

terça-feira, 17 de maio de 2011

Novo agente da Mala do Livro


Oi galera da Mala do Livro!!!!

Meu nome é Mauro César Bandeira, o novo agente literário da Mala do Livro, e quero incentivar a leitura em meu bairro Guariroba, na Ceilândia. Participei da Terceira Conferência de Cultura do DF pelo setorial de Audiovisual/Cinema e sugeri a criação de uma sala de cinema em Ceilândia.

Vou fazer uma oficina de quadrinhos no Espaço Cultural de Ceilândia, conto com a presença de todos vocês.

Muito Obrigado!!!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Governo conta com parceria dos municípios para o programa Brasil sem Miséria


Acompanhado da ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), o ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais) discursa da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Foto: Elza Fiúza/ABr
O governo federal necessita do apoio de todos os municípios brasileiros para que o programa Brasil sem Miséria atinja o objetivo de erradicar, até 2014, a extrema pobreza. Ao fazer um balanço da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, em entrevista ao Blog do Planalto e à NBRTV, nesta quarta-feira (11/5), o ministro-chefe de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, reafirmou a preocupação da presidenta Dilma Rousseff em estreitar a parceria com os municípios, especialmente no tocante às questões sociais.
O ministro afirmou que os aplausos dos prefeitos para a presidenta Dilma ontem, na abertura da Marcha, expressam “de uma forma perceptível e palpável” que os prefeitos já têm uma avaliação extremamente positiva da Marcha e, mais do que isso, que indicam que “o governo mais uma vez atendeu suas expectativas, convergindo para pontos que os unificam”.
“O governo federal tem nos municípios brasileiros uma parceria, principalmente para as ações sociais que são fundamentais. O governo da presidenta Dilma vai travar uma luta do Brasil sem Miséria, e nisso todo o planejamento e todas as ações terão os municípios brasileiros como parceiros” afirmou.


Luiz Sérgio reconheceu que o governo trabalha para atender o pleito dos prefeitos em questões como o pagamento de obras já iniciadas e de equipamentos já adquiridos, a desburocratização e simplificação dos ritos de contratos entre a União e as prefeituras e a transferências de recursos. “O debate e a determinação da presidenta vão ao encontro do desejo dos municípios e expressam uma preocupação do governo federal em atendê-los”, informou.
Mais cedo, em entrevista coletiva concedida na Marcha dos Prefeitos, Luiz Sérgio discursou sobre temas como a divisão dos royalties do pré-sal, a aprovação da Emenda 29 e os chamados “restos a pagar”, reivindicações centrais dos prefeitos.
Ao ser questionado sobre eventuais modificações no decreto de restos a pagar de 2009, o ministro explicou que, sobre o referido ano, praticamente não se tem restos a pagar. “É que o prazo que foi dado para 2009 é um prazo que abre espaço para que novas obras possam ser contratadas. Não se trata de restos a pagar. Os restos a pagar, na sua quase totalidade, se referem a 2007 e 2008”, completou. Ele informou que os R$ 750 milhões liberados ontem pela presidenta Dilma permitirão que o cronograma de obras se equilibre com o cronograma de pagamentos, fazendo com que muitas obras que estavam se desacelerando nos municípios possam ser aceleradas.
Com relação à Emenda Constitucional 29, Luiz Sérgio frisou que a regulamentação exigia que o governo federal colocasse mais recursos para a Saúde. Nesse sentido, por determinação da presidenta, o Orçamento deste ano para a Saúde já está contemplando os R$ 10 bilhões que se fazem necessários como a parte do governo federal.
“Então o governo federal está fazendo a sua parte”, defendeu.
Já sobre a divisão dos royaties do pré-sal, o ministro lembrou que a discussão está na esfera do Legislativo, mas que o governo tem clareza de que enviou um novo projeto que entende ser o melhor. “É trabalhar uma solução em cima do novo projeto que está tramitando na Câmara. Eu até acredito que toda essa pressão que estamos assistindo seja focada para que se acelere a tramitação desse processo na Câmara dos Deputados”, concluiu.
Catálogo – Luiz Sérgio comentou, ainda, sobre a importância do Catálogo de Programas Federais para os Municípios, lançado ontem (10/5) na Marcha. Na versão digital, o novo catálogo tem diversas ferramentas para facilitar a busca entre os mais de 600 programas disponíveis, classificados pela temática principal e registrados em um banco de dados, que pode ser facilmente acessado pela internet. Há também um índice que pode ser ordenado por tema e ministério responsável, além da ferramenta de busca por palavra-chave.
“Com o catálogo de programas do governo federal aos municípios, nós estamos permitindo aos prefeitos o acesso de forma democrática, transparente e atualizada”, frisou.

terça-feira, 3 de maio de 2011

EM AGOSTO, MULHER E LITERATURA


"Estamos construindo um mundo no qual a diversidade é uma virtude; tanto a individualidade como a coletividade são fontes de crescimento; onde as relações fluem sem barreiras; onde a palavra, o canto e os sonhos florescem. Esse mundo considera a pessoa humana como uma das riquezas mais preciosas. Um mundo no qual reinam a igualdade, a liberdade, a solidariedade, a justiça e a paz. Este mundo nós somos capazes de criar." (Carta Mundial das Mulheres para a Humanidade)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Contadores de histórias encantam gerações e incentivam a leitura

Ana Clara Brant correioweb
Publicação: 22/06/2010 08:01 Atualização: 22/06/2010 08:31

“Certa palavra dorme na sombra de um livro raro. Como desencantá-la? É a senha da vida, a senha do mundo. Vou procurá-la. Vou procurá-la a vida inteira no mundo todo. Se tarda o encontro, se não a encontro, não desanimo, procuro sempre…”Palavra mágica, poema de Carlos Drummond de Andrade, trata do poder e da magia que a palavra, o grande instrumento dos poetas, exerce. 

Seja na forma escrita, falada, jamais podemos subestimá-la. Um dos ofícios mais antigos de que se têm notícia, os contadores de história(1) sabem como ninguém desse fascínio. E é através dela, da palavra, que eles vêm encantando gerações. “Além de você exercitar o prazer de ouvir, ainda mais nesse mundo tão conturbado em que vivemos, onde quase não há espaço para se escutar, a gente ainda consegue dar ênfase ao valor da palavra. O contador resgata esse ouvir e esse falar. Quando conto uma história, tento potencializar cada pessoa a contar depois a sua história. A gente faz com que o indivíduo se exponha à criação e deixe-se transformar por esse jogo”, ressalta Elisete Teixeira, atriz e uma das precursoras na arte de contar histórias em Brasília. Se antigamente as histórias eram contadas somente pelos pais e avós na cabeceira da cama ou ao redor de uma fogueira, hoje, o contador se tornou uma profissão e está presente nas escolas, shoppings, praças, hospitais e feiras. A essência de narrar não mudou, mas muitos grupos se valem de outras técnicas como o teatro, os bonecos e a música para dar uma incrementada nas fábulas, contos e lendas. As meninas do Tagarelas, por exemplo, grupo criado há 15 anos por Miriam Rocha e Simone Carneiro, apresentam as histórias utilizando recursos como fantoches, avental chinês, instrumentos musicais e painéis, e acreditam que eles ajudam a dar mais dinâmica e a estimular a imaginação de quem está ouvindo. “São artifícios que os contadores têm na hora de narrar. Mas a base é a oralidade mesmo. Percebo que há uma carência não só nas crianças, mas nos adultos em estar ouvindo histórias. Além do mais, sentimos a necessidade de resgatar as histórias infantis, que vêm sendo atropeladas por uma onda tecnológica onde as crianças se fecham em um mundo individualista”, acredita Miriam. 

Já a contadora e escritora Clara Rosa afirma que a meninada do século 21 gosta sim dessa onda high tech, mas não deixa, jamais, de ser criança. “Contar histórias é uma arte, uma magia que encanta qualquer um. Mesmo com a tecnologia, o videogame, o computador, a criança não deixa nunca de se sentir atraída pela contação, porque ela se transporta para um outro mundo, viaja para um universo que é só dela, que ela fantasiou. E o mais interessante é que isso não fica restrito aos pequenos. Gente de todas as idades se deixa seduzir pela contação de histórias”, opina ela, que organiza a cada dois meses um sarau na Biblioteca Demonstrativa de Brasília com vários contadores de histórias da cidade e um convidado de fora. “Nossa intenção agora é realizar um Festival Internacional de Contadores de História em Brasília, algo que nunca teve por aqui”, espera. Para Tino Freitas, do Roedores de Livro, um dos grupos do ramo mais conhecidos na cidade, quando se conta histórias com paixão, independentemente da forma que for, o ganho pessoal acontece antes da apresentação, quando o contador — que, segundo ele, deve ser antes de tudo um bom leitor — mergulha nos livros, na cultura do mundo, para escolher o que vai contar para o outro. “Aí, acontece a outra mágica, que é dividir com o outro essas histórias, o prazer de conhecê-las, a alegria de contá-las e, quem sabe, incentivando-o a contar a outro também, independente da forma”, destaca. Tradição oral Os contadores de histórias têm suas origens na tradição oral, pois o conhecimento era transmitido verbalmente de uma geração para outra; graças à oralidade, as sociedades antigas foram preservadas. Na década de 1970, nos Estados Unidos, muitos narradores tornaram-se profissionais da literatura oral. Um resultado disso foi a criação da National Association for the Perpetuation and Preservation of Storytelling (NAPPS), agora National Storytelling Network (Rede Nacional de Literatura Oral), que auxilia a angariar recursos para narradores e organizadores de festivais.

Resgate de tradições
Tino Freitas, do Roedores de Livro: mercado de contadores está crescendo
Um dos principais benefícios proporcionados pela arte de contar histórias é o estímulo à leitura e o resgate de narrativas e personagens dos tempos da carochinha. O músico Marcelo Tibúrcio e a esposa, a pedagoga e professora Adriana de Oliveira Maciel, criaram o grupo Matrakaberta, de Taguatinga, que segue bem a linha tradicional dessa manifestação artística. “Fazemos um trabalho de incentivo à nossa cultura, ao nosso folclore. As crianças conhecem o Mickey, o Tarzan, a Bela Adormecida, mas não sabem quem é o caipora, o saci, a burrinha. Por isso a gente tenta resgatar essa tradição dos nossos avós. O nosso modo de contar é bem próximo do tradicional”, comenta Marcelo. Para Adriana, o contador tem um papel fundamental na formação das crianças, pois, por meio da maneira que narra, vai despertar ou não a curiosidade delas. “Através da contação de histórias, a gente pretende incentivar a imaginação e a expressão criativa, além do gosto pela leitura. O ser humano, por natureza, gosta de imaginar. Está na sua essência, principalmente da criança. A nossa função é estimular esse terceiro olho também”, destaca a contadora do Matrakaberta que se apresenta gratuitamente no projeto Hora Animada, do Boulevard Shopping, todos os sábados à tarde. Performance 
O grupo Matrakaberta busca resgatar a tradição com histórias dos tempos de nossos avós
Mesmo com um número razoável de grupos, Brasília ainda engatinha na contação de histórias, se comparada aos grandes centros do país, como Rio e São Paulo. A cidade ainda carece de espaços e, sobretudo, divulgação. Tino Freitas, do Roedores de Livro, revela que sente que o mercado está crescendo por aqui, embora isso esteja muito restrito ao público infantil. “Há algumas pessoas que se destacam pela performance ou por estar há mais tempo em atividade. Mas ainda cabe ousar no repertório e valorizar o cachê. Acredito que, se alguém se aventurar a contar histórias com paixão e talento para adultos, encontrará um público extenso e atento. É uma área ainda pouco enveredada por aqui. Mas fica o recado: o público, mesmo infantil, tem que ser tratado com inteligência e respeito”, defende. Aldanei Menegaz, do grupo Eu Vou te Contar, está desenvolvendo uma dissetação de mestrado em que traça um panorama dos contadores de história no Distrito Federal e diz que está se surpreendendo com o número de pessoas, principalmente, de professores que querem aprender esse ofício. Segundo ela, é difícil hoje uma escola não ter um projeto de leitura em sua biblioteca e que falta mesmo é incentivo. “Público não falta para isso. Sempre me senti atraída por contar histórias. Essa busca pela história, você se inteirar dela e repassar o que leu. Elas têm muito a nos ensinar, seja para quem está lendo ou ouvindo. É uma arte ancestral, que resgata um passado, traz para o presente e te joga para o futuro. Isso é fascinante”, resume. 
Para saber mais
matrakaberta.blogspot.com roedoresdelivros.blogspot.com www.clararosa.ato.br firimfimfoca.blogspot.com marmeladacomhistorias.blogpost.com casadeautores.blogspot.com/