segunda-feira, 29 de maio de 2023

 O Ponto de Cultura Clube do Livro Barba Clube abriu suas portas e espaços para a Oitiva da Lei Paulo Gustavo a ser implementada no município de Anápolis. Juntando a administração Municipal e representantes de diversos  segmentos da Cultura Anapolina, além de 2 vereadores, o evento constituiu-se em proveitoso encontro que traduziu o caráter democrático da Lei Complementar n° 195/2022, concebida, desenvolvida e aprovada no Congresso Nacional em 2022 como Lei Emergencial para atender os segmentos artísticos que sofrem com os efeitos da pandemia. 

"Onde a anta bebe água?", essa pergunta que chamou para a oitiva foi proposta como senha para a comunidade cultural de Anápolis, uma cidade que originalmente se chamava Antas, tal como figura nos mapas do século 19,  quando já aparecia como entroncamento dos variados rumos e caminhos do Brasil interior, vocação que consolidou-se ao longo do século 20 e alcançando os tempos atuais com força econômica e Cultural. 

Ao todo, Anápolis terá um repasse direto de R$ 3.009.779,64, o maior valor da história do município destinado ao setor Cultural. Desse montante R$  1.594.428,77 (Hum milhão, quinhentos e noventa e quatro mil, quatrocentos e vinte e oito reais e setenta e sete centavos)  são destinados para Apoio a produções audiovisuais, R$ 364.592,17 para Apoio a salas de cinema, R$ R$ 183.070,08 para Capacitação, formação e qualificação no audiovisual; apoio a cineclubes e a festivais e mostras e R$ R$ 867.688,62 para Apoio às demais áreas da cultura que não o audiovisual.

Para acessar os recursos, o município de Anápolis deve usar o sistema da Plataforma Transferegov.br.  a partir desta sexta-feira Desde o dia 12/5, conta-se 60 dias para registrar os planos de ação, que serão analisados pelo Ministério da Cultura (MinC). Os valores serão liberados após a aprovação da proposta registrada.

O estado de Goiás e seus municípios vão receber um total de R$ milhões da Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195/2022) para aplicação em projetos culturais. O decreto que regulamenta o texto foi assinado em Salvador (BA) dia 11/5, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Os cinco municípios com maior previsão de transferência de recursos no estado são a cidade de Goiania (R$  milhões), seguida por Apareida de Goiania (R$  milhões), Anápolis (R$  milhões),  (R$  milhões) e  (R$  milhões).

LPG – A Lei Paulo Gustavo prevê repasses a estados, municípios e ao Distrito Federal para ações emergenciais do setor cultural, duramente atingido pelos efeitos da pandemia. A lei foi batizada em homenagem ao ator e humorista Paulo Gustavo, que morreu aos 42 anos de idade, em função das complicações da covid-19, no dia 4 maio de 2021.

Música, dança, pintura, escultura, cinema, fotografia, artes digitais estão contempladas na ampla proposta de fomento cultural promovida pelo Governo Federal, de modo a popularizar e impulsionar a diversidade de manifestações culturais e artísticas.

“A lei foi pensada para apoiar o setor e socorrer os trabalhadores da cultura que foram duramente atingidos pela Covid-19. O governo passado vetou a proposta e adiou os repasses. Agora estamos conseguindo garantir a execução deste instrumento que pode ser acessado por todos os estados e municípios”, ressalta a ministra da Cultura Margareth Menezes.

INCLUSÃO – O texto garante medidas de acessibilidade nos projetos e ações afirmativas. Estados e municípios devem “assegurar mecanismos de estímulo à participação e ao protagonismo de mulheres, negros, indígenas, povos tradicionais, populações nômades, segmento LGBTQIA+, pessoas com deficiência e outras minorias”. A Lei estabelece, ainda, que os chamamentos devem ter oferta de (no mínimo) 20% das vagas para pessoas negras e mínimo de 10% para indígenas.

A transferência dos recursos será feita por meio de editais, chamamentos públicos, prêmios, aquisição de bens e serviços vinculados ao setor cultural ou outras formas de seleção pública.

FONTES – Os recursos têm como fontes os superávits do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e de outras fontes de receita vinculadas ao Fundo Nacional de Cultura (FNC). Por meio deles, é possível permitir a prestação de contas simplificada e segura para desburocratizar o acesso à cultura e estimular a participação social no planejamento dos programas, projetos e ações.


Desenvolver Oficinas Comunitárias de Produção Audiovisual junto a Pontos de Cultura, Bibliotecas Comunitárias e Comitês Populares de Luta para formatar projetos a serem apresentados nos editais locais da Lei Paulo Gustavo (municipais, distritais e estaduais).

Com a regulamentação da Lei Paulo Gustavo pelo Ministério da Cultura, abriu-se uma avenida de oportunidades para a realização de projetos culturais pelas comunidades em todo o Brasil neste segundo semestre de 2023. Nesse cenário, os Comitês Populares de Luta podem ter uma atuação determinante para um grande resultado no sentido de desenvolver produtos audiovisuais que reflitam a estética da nossa Cultura Popular, uma vez que mais de 70% dos 4 bilhões de reais são destinados obrigatoriamente às produções audiovisuais.

O Plano de Ação do Comitê Popular de Luta Clube do Lula Livro consiste em desenvolver oficinas vivenciais em produção audiovisual, rádio, blogs e redes sociais, com editorias que abordem o cotidiano das comunidades envolvidas, estruturando rotinas diárias em Agências Comunitárias de Comunicação, espaços de atuação profissional em ambiente de ensino-aprendizagem, desenvolvendo produtos audiovisuais (ficção, documentário, clip, etc.,) incluídas em projetos apresentados nos editais da Lei Paulo Gustavo em nível municipal, distrital e estadual e tantos outros junto ao mercado de economia solidária, capacitando jovens e adultos para atividades de comunicação comunitária, gerando conteúdo para redes sociais e programas de rádio e TV para veiculação na web e em espaços na programação da Rede Pública de Televisão, Rádios e Canais Comunitários de TV.  Propomos a realização de Mostras de Audiovisual Comunitário e do programa de TV “REDE COMUNITÁRIA”(TV BRASIL – Redes Sociais)  a partir do produto gerado na aprendizagem prática das oficinas, divulgando as ações das comunidades onde estão inseridas as Bibliotecas do Clube do Lula Livro como Unidades Comunitárias de Comunicação, além de iniciativas de empreendedorismo solidário identificadas e desenvolvidas no âmbito dos programas governamentais e comunitários.

 



quarta-feira, 24 de maio de 2023

ONDE A ANTA BEBE ÁGUA? OIITIVA DA LEI PAULO GUSTAVO ANÁPOLIS GO 29/05/2023



 
ONDE A ANTA BEBE ÁGUA?
Esta é uma senha lançada à comunidade de Anápolis - GO, chamando-a a contribuir com o desenvolvimento social, cultural e artístico em nossa cidade. Reconhecendo as origens, valorizando trajetórias de artistas e grupos com seus saberes e fazeres ao longo da nossa história, recuperando a memória como perspectiva para a estruturação de novos formatos de ação na implementação de projetos para a àrea cultural.
Uma articulação dos diversos setores e linguagens artísticas do meio cultural anapolino, propondo diretrizes e ações que contribuam para a divulgação da cultura popular e iniciativas comunitárias existentes no município, com sua população de quase 500 mil habitantes vivendo entre duas capitais, Goiânia e Brasília.
A anta é uma figura referencial da cultura anapolina, dado que a primeira denominação da localidade, Vila de Sant'Anna de Antas, foi cunhada a partir da notícia de viajantes que passaram pelo aprazível planalto que atinge os 1.300 metros de altitude, onde tal animal, Tapirus Terrestris, trilhava em manadas o cerrado pródigo em nascentes e cursos de água pura. Anapolino, se ligue! Antense, antene-se!

sábado, 20 de maio de 2023

PLANO DE AÇÃO COMITÊ POPULAR DE LUTA CLUBE DO LULA LIVRO *Em construção.

     PLANO DE AÇÃO COMITÊ POPULAR DE LUTA CLUBE DO LULA LIVRO

Desenvolver Oficinas Comunitárias de Produção Audiovisual junto a Pontos de Cultura, Bibliotecas Comunitárias e Comitês Populares de Luta para formatar projetos a serem apresentados nos editais locais da Lei Paulo Gustavo (municipais, distritais e estaduais).

Com a regulamentação da Lei Paulo Gustavo pelo Ministério da Cultura, abriu-se uma avenida de oportunidades para a realização de projetos culturais pelas comunidades em todo o Brasil neste segundo semestre de 2023. Nesse cenário, os Comitês Populares de Luta podem ter uma atuação determinante para um grande resultado no sentido de desenvolver produtos audiovisuais que reflitam a estética da nossa Cultura Popular, uma vez que mais de 70% dos 4 bilhões de reais são destinados obrigatoriamente às produções audiovisuais.

O Plano de Ação do Comitê Popular de Luta Clube do Lula Livro consiste em desenvolver oficinas vivenciais em produção audiovisual, rádio, blogs e redes sociais, com editorias que abordem o cotidiano das comunidades envolvidas, estruturando rotinas diárias em Agências Comunitárias de Comunicação, espaços de atuação profissional em ambiente de ensino-aprendizagem, desenvolvendo produtos audiovisuais (ficção, documentário, clip, etc.,) incluídos em projetos apresentados nos editais da Lei Paulo Gustavo em nível municipal, distrital e estadual e tantos outros junto ao mercado de economia solidária, capacitando jovens e adultos para atividades de comunicação comunitária, gerando conteúdo para redes sociais e programas de rádio e TV para veiculação na web e em espaços na programação da Rede Pública de Televisão, Rádios e Canais Comunitários de TV.  

Propomos a realização de Mostras de Audiovisual Comunitário e do programa de TV “REDE COMUNITÁRIA”(TV BRASIL – Redes Sociais)  a partir do produto gerado na aprendizagem prática das oficinas, divulgando as ações das comunidades onde estão inseridas as Bibliotecas do Clube do Lula Livro como Unidades Comunitárias de Comunicação, além de iniciativas de empreendedorismo solidário identificadas e desenvolvidas no âmbito dos programas governamentais e comunitários.

O Comitê Popular de Luta Clube do Lula Livro, Leitura e Linguagens buscará  parcerias com entidades da sociedade civil, implementando ações de convergência dos programas de incentivo ao Livro e Leitura já existentes (Arca das Letras/Mala do Livro/Sala Verde/Pontos de Leitura/Cultura Viva/Pontos de Cultura/RECID – Rede de Educação Cidadã) além daqueles em desenvolvimento que se apresentarem. 


Dinamização das ações culturais através da implantação e resgate de bibliotecas domiciliares e comunitárias, articulando e valorizando as Culturas Populares, Agricultura Familiar e Orgânica, Comunidades Tradicionais, Economia Solidária e Criativa, Juventude, Turismo de Base Comunitária e demais movimentos existentes no campo e na Cidade. 

Desenvolver as ações com os princípios e diretrizes do Marco de Referência da Educação Popular para as políticas públicas, estruturando redes de agentes e facilitadores de leituras e linguagens artísticas.

Oportunizar espaços de interação e debate através de ações de disseminação de linguagens alternativas para o processo de fortalecimento comunitário e solidário na diversidade dos territórios regionais.

Promover o acesso digital no intuito de formar e capacitar jovens e adolescentes para o mercado de trabalho.

Descobrir, pontuar e desenvolver os potenciais econômicos das comunidades, ressaltando suas riquezas históricas, naturais e produtivas com respeito ao meio ambiente e responsabilidade social.

Estimular o Turismo de Base Comunitária, tendo em vista o desenvolvimento de ações que viabilizem a potencialização da economia local e regional por intermédio do uso racional dos recursos naturais e patrimônio histórico e ambiental.

Incentivar a economia criativa e solidária junto as comunidades tradicionais por intermédio de diagnósticos sócio-econômicos.  Esta ferramenta servirá como base de dados para a elaboração e execução de ações de fomento aos arranjos produtivos compatíveis com a realidade de cada lugar. 

            O CLUBE DO LULA LIVRO, LEITURA E LINGUAGENS - busca a convergência de ações de diversos Programas governamentais já existentes desde os governos Lula e Dilma, em ação ou desativados, junto as comunidades. A articulação de diversas atividades através de oficinas pedagógicas, tendo como público alvo adolescentes, jovens e adultos do campo e da cidade, formarão Agentes e Facilitadores da Leitura junto as bibliotecas comunitárias e domiciliares, que formam o Clube do Lula Livro, Leitura e Linguagens, disponibilizando  instrumentais de leitura do mundo que auxiliem as comunidades na busca da elevação da auto estima e organização em seus territórios.

            Com resultados positivos das ações desenvolvidas pelos Programas já existentes, torna-se importante dar continuidade, lançando mais Bibliotecas em outras comunidades, com a formação de mais novos Agentes de Leitura na perspectiva da Educação Popular, treinados para o uso do livro, da leitura e das linguagens tecnológicas na valorização, mapeamento, registro e divulgação das expressões culturais comunitárias. Um trabalho que pode ser ampliado para mais povos e territórios, fortalecendo a luta contra o analfabetismo e a elevação da consciência política.

         O CLUBE DO LULA LIVRO busca a cultura de paz e a harmonia na convivência social, estimulando ainda o delineamento e execução de políticas públicas eficientes e sustentáveis, tais como inclusão digital e preservação ambiental, tendo em vista o urgente e necessário processo de recuperação de mananciais importantes à sobrevivência dos povos, bem como a inclusão digital de crianças e adolescentes por intermédio da implantação de Projetos de inclusão digital, que servirão como ponto de apoio para formação e capacitação de agentes de leitura comunitários, com vistas a maior difusão de conhecimento e práticas empreendedoras sustentáveis. O projeto permitirá a troca de conhecimentos e saberes técnicos e vocacionais que prepararão nossos jovens para o mercado de trabalho e para os demais desafios ao longo da vida.





NOVA YORK ESTÁ AFUNDANDO Peso de prédios está fazendo Nova York afundar, diz pesquisa.

Boa parte de Nova York pode ser vista da Estátua da Liberdade - Larry Gibson/Getty Images/iStockphoto
Boa parte de Nova York pode ser vista da Estátua da LiberdadeImagem: Larry Gibson/Getty Images/iStockphoto



 






A cidade de Nova York está afundando devido ao peso dos edifícios, à medida que o nível do mar também se eleva, segundo sugere uma pesquisa publicada no jornal Earth's Future.

O que aconteceu

O afundamento é de entre 1 e 2 mm, aproximadamente, a cada ano. Algumas regiões da cidade, porém, podem afundar o dobro disso no mesmo período, de acordo com o estudo. Peso de prédios está fazendo Nova York afundar, diz pesquisa Boa parte de Nova York pode ser vista da Estátua da Liberdade Imagem: Larry Gibson/Getty Images/iStockphoto Do UOL, em São Paulo 19/05/2023 13h34Atualizada em 19/05/2023 13h51 A cidade de Nova York está afundando devido ao peso dos edifícios, à medida que o nível do mar também se eleva, segundo sugere uma pesquisa publicada no jornal Earth's Future. O que aconteceu O afundamento é de entre 1 e 2 mm, aproximadamente, a cada ano. Algumas regiões da cidade, porém, podem afundar o dobro disso no mesmo período, de acordo com o estudo. 

Isso também aumenta o impacto do aumento do nível do mar, devido ao aquecimento global. A água que circunda a cidade subiu cerca de 22 cm desde 1950.

 As estruturas da cidade, que abriga prédios famosos como o Empire State Building e o Chrysler Building, pesam um total de 1,68 trilhão de libras - o equivalente ao peso de 140 milhões de elefantes -, calcularam os pesquisadores. 

"Uma população profundamente concentrada de 8,4 milhões de pessoas enfrenta vários graus de risco de inundação na cidade de Nova York." Conclusão do estudo 

A realidade de NY, no entanto, não é única e será compartilhada por muitas outras cidades costeiras ao redor do mundo, à medida que a crise climática se aprofunda, afirmam os pesquisadores: "A combinação de subsidência tectônica e antropogênica, aumento do nível do mar e aumento da intensidade dos furacões implica um problema acelerado ao longo das áreas costeiras e ribeirinhas", diz a pesquisa. 

Na cidade, os maiores edifícios são construídos sobre um leito rochoso sólido, como o xisto, mas há também uma mistura de outras areias e argilas sobre as quais construções foram erguidas e que aumentam o efeito de afundamento natural. 

Ao The Guardian, um dos líderes da pesquisa ressaltou que não há motivo para desespero: "Não é algo para entrar em pânico imediatamente, mas há um processo contínuo que aumenta o risco de inundação", disse Tom Parsons, geofísico do US Geological Survey. 

"Quanto mais macio o solo, há mais compressão dos edifícios. Não foi um erro construir edifícios tão grandes em Nova York, mas temos que ter em mente que toda vez que você constrói algo lá, você pressiona o solo um pouco mais"

Tom Parsons, geofísico do US Geological Survey

sexta-feira, 19 de maio de 2023

Lula no Japão: com premiê da Austrália, presidente discute meio ambiente

 

Lula no Japão: com premiê da Austrália, presidente discute meio ambiente

Presidente do Brasil está em Hiroshima, no Japão, onde participa da Cúpula do G7 e também cumpre uma extensa agenda de encontros bilaterais com líderes mundiais

Ricardo Stuckert

Presidente Lula e o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, durante a Cúpula do G7 no Japão

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, teve sua primeira reunião bilateral da Cúpula estendida do G7 em Hiroshima, no Japão, às 16h45 desta sexta-feira, 19/5 (4h45 no horário de Brasília). Ele conversou por cerca de meia hora com o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese.

Durante a reunião, Lula destacou para o premiê australiano a ressurgência do Brasil nas relações internacionais em seu terceiro mandato, juntamente com a retomada das políticas sociais e obras de infraestrutura para retomar o crescimento econômico.

O presidente também deixou claro que uma de suas prioridades é reforçar a proteção do meio ambiente e da biodiversidade. E mencionou os investimentos australianos na produção de hidrogênio verde no estado do Ceará que, segundo ele, complementam a matriz energética brasileira, que “já é bastante limpa”.

Albanese, por sua vez, ressaltou a importância da eleição de Lula em 2022, especialmente em relação à defesa do meio ambiente.

O presidente brasileiro lembrou ao premiê australiano que, como ambos são políticos de origem trabalhista, é importante pensar em como promover novas relações entre capital e trabalho, inclusive para evitar a precarização gerada pelas novas tecnologias e fortalecer os sindicatos, “a exemplo do que aconteceu na reforma trabalhista da Espanha”.

Lula reforçou a Albanese que tem a intenção de conhecer a Austrália. E felicitou o país pela organização da Copa do Mundo de futebol feminino, em parceria com a Nova Zelândia, em julho.

Participação no G7

O presidente do Brasil chegou ao Japão no início desta sexta-feira, como um dos convidados da Cúpula anual do G7, grupo que reúne sete das oito maiores economias mundiais. Ao longo dos dois dias de trabalho, além de participar de três sessões temáticas, ele terá pelo menos outras seis reuniões bilaterais com chefes de Estado e de governo, uma com o secretário-geral da ONU e um encontro com empresários japoneses.

O próximo compromisso, marcado para 8h45 de sábado, 20/5 (20h45 de sexta, no horário de Brasília), será um encontro com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. Foi ele quem convidou Lula e o governo brasileiro a participar do evento durante um telefonema no início de abril.

Encontros Bilaterais de Lula no G7

» Primeiro-Ministro do Japão, Fumio Kishida

» Presidente da Indonésia, Joko Widodo

» Presidente da França, Emmanuel Macron

» Primeiro-Ministro da Alemanha, Olaf Scholz

» Primeiro-Ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh

» Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres

Confira a Agenda do Presidente Lula na Cúpula do G7


Da Redação
com Gov.br

terça-feira, 16 de maio de 2023

A Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195/2022) vai distribuir mais de R$ 3,8 bilhões para investimentos em cultura a estados, municípios e ao Distrito Federal. A distribuição dos recursos observa padrões estabelecidos pela própria lei. São considerados a população; os critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE); e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Há, ainda, uma repartição de categorias: cerca de R$ 2,8 bilhões deverão ser aplicados em ações de audiovisual e aproximadamente R$ 1 bilhão em projetos nas demais linguagens artísticas. O valor exato ao qual cada ente tem direito está disponível no site da Lei Paulo Gustavo. A tabela discrimina o montante de acordo com cada hipótese da lei. A quantia será disponibilizada mediante cadastro e aprovação do Plano de Ação correspondente por estados, municípios e Distrito Federal, exclusivamente por meio da plataforma TransfereGov.

 Foto: Filipe Araújo/MinC Design sem nome (34).png

segunda-feira, 15 de maio de 2023

Mar em fúria e calor de 50º: ChatGPT 'prevê fim do mundo' no Brasil por Giacomo Vicenzo

 

Imagem de uma área costeira do mundo em 100 anos gerada por uma IA - Midjourney

Imagem de uma área costeira do mundo em 100 anos gerada por uma IAImagem: MidjourneyAquecimento global

Imaginar o futuro, tentar prevê-lo, é uma característica dos humanos que guarda registros nas primeiras civilizações. Os oráculos eram uma parte fundamental das sociedades grega, na Europa, ou iorubá, na África, por exemplo.

Com a evolução das IAs (Inteligências Artificiais), como o ChatGPT, é possível "consultar" o futuro com poucos cliques. Ainda que estes "robôs" não tragam respostas certeiras do amanhã, eles baseiam-se em dados científicos - sobretudo quando pensamos em projeções climáticas. Podemos dizer que uma previsão do ChatGPT tem mais chance de dar certo, do que uma visão do Oráculo de Delfos, o mais famoso da Grécia Antiga.

Hoje, existe um esforço global para que o aumento da temperatura terrestre fique abaixo dos 2ºC até 2030. Para tal, a ONU já declarou que serão necessárias grandes ações.

Mas como será nosso mundo em 100 anos caso as atuais tendências de uso de combustíveis fósseis e emissões de gases de efeito estufa sejam mantidas? Para responder a essa pergunta usamos uma projeção realizada pelo ChatGPT, com dois personagens: Johnny e João, um que vive em um local mais afetado pelas mudanças climáticas, e tem menos recursos financeiros, e outro que vive em um local menos afetado, com boa renda e acesso a tratamento de saúde.

A simulação levou em conta dados científicos sobre mudanças climáticas, impactos na natureza e saúde humana, bem como suposições sobre o desenvolvimento tecnológico e social.

Bem-vindo a um mundo com enchentes, deserto, calor extremo e furacões

Uma projeção de Recife em 100 anos criado pelo Midjourney - Midjourney - Midjourney
Uma projeção de Recife em 100 anos criado pelo Midjourney
Imagem: Midjourney



 

De acordo com a projeção do ChatGPT, a Terra estará mais quente e instável em 100 anos. Nesta próxima centena de anos, as temperaturas médias podem subir até 4°C, causando eventos climáticos extremos, como secas, enchentes, tempestades e furacões mais intensos e frequentes.

A projeção de um mundo totalmente inabitável é incerta e depende de múltiplos fatores, de acordo com a própria inteligência artificial. No entanto, o ChatGPT projeta que se o uso de combustíveis fósseis continuar no ritmo atual, é possível que em menos de 100 anos a Terra se torne um local com condições de vida muito insalubres para a maioria dos seres humanos.

As pessoas poderiam enfrentar temperaturas insuportáveis, com termômetros marcando mais de 50°C em algumas regiões, tornando impossível permanecer ao ar livre por muito tempo. O ar seria tóxico, com altos níveis de poluição atmosférica e de partículas finas, o que pode levar a uma série de doenças respiratórias e cardiovasculares. A água potável seria escassa, e a maioria dos rios, lagos e reservatórios estaria secando ou contaminada por produtos químicos e tóxicos.

As cidades seriam quentes e sufocantes, com poucas áreas verdes e sem árvores, tornando a vida urbana ainda mais estressante. As comunidades mais vulneráveis, como as populações indígenas, as pessoas que vivem em regiões costeiras ou em áreas com altos índices de pobreza e desigualdade, seriam as mais afetadas. Muitas pessoas seriam forçadas a se deslocar em busca de água, comida e abrigo, o que poderia levar a conflitos e violência.

Alguns dos países e locais mais afetados pelas mudanças climáticas incluem: as regiões árticas, Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS), a África Subsaariana, o Sul e Sudeste Asiático.

Em contraste, países e locais menos afetados pelas mudanças climáticas incluem aqueles localizados em latitudes mais altas, como os países escandinavos, Rússia e Canadá. Esses países podem se beneficiar de um clima mais quente e de um aumento da produtividade agrícola.

Dois mundos: realidades distintas para ricos e pobres

A projeção considerou como seria o cotidiano de duas pessoas fictícias, um rico chamado Johnny e um pobre chamado João, que vivem em lugares diferentes do mundo e têm trabalhos distintos.

Representação de João criada por uma inteligência artificial. - Midjourney - Midjourney
Representação de João criada por uma inteligência artificial
Imagem: Midjourney

Enquanto Johnny desfruta de um estilo de vida ainda confortável em uma cidade desenvolvida, João luta para sobreviver em uma região empobrecida e suscetível a eventos climáticos extremos. Johnny é um advogado que vive em Vancouver, Canadá, tem acesso a uma dieta balanceada, exercícios regulares e serviços de saúde de qualidade. Ele trabalha em um escritório de advocacia renomado e possui uma casa luxuosa.

Enquanto isso, João, um estivador que mora em Recife (PE), enfrenta dificuldades para garantir a própria alimentação. Ele está exposto a doenças causadas pela poluição do ar e da água, além de ter que lidar com o risco de deslizamentos de terra e inundações. Trabalhando sob o sol escaldante, com temperaturas que podem exceder os 40°C, sem acesso à água potável ou a instalações sanitárias adequadas.

Vamos acompanhar João durante alguns dos evento extremos que enfrenta:

Onda de calor intensa: sol abrasador brilha impiedosamente sobre a região costeira. João inicia seu dia de trabalho no porto, já sentindo o ar quente e úmido que envolve o ambiente. Cada respiração é como inspirar vapor quente.

Tempestade tropical: o céu escurece repentinamente, anunciando uma tempestade iminente. O vento sopra com força sacudindo as árvores e fazendo com que as ondas do mar se agitem furiosamente. Gotas de chuva começam a cair, primeiro espaçadas e, em seguida, em uma torrente intensa. João se abriga debaixo de um telhado improvisado, mas o barulho ensurdecedor da tempestade e os raios reluzentes no céu instigam um sentimento de vulnerabilidade.

Enchente repentina: após horas de chuva incessante, o nível da água começa a subir rapidamente nas ruas e becos da cidade. João, junto com outros moradores, luta para se proteger da água que avança impiedosamente. Ele tenta se equilibrar em meio ao turbilhão de correntezas que invadem as ruas, segurando-se em postes e fachadas de prédios para evitar ser levado pela enchente.

Ondas de maré alta: durante a maré alta, as ondas ferozes atingem a costa com violência. As ondas quebram com uma fúria impressionante, criando espumas brancas e lançando respingos salgados no ar. Ele precisa redobrar sua atenção enquanto trabalha próximo ao mar, protegendo-se dos respingos e das rajadas de vento que acompanham as ondas.

Ao contrário do personagem pobre, que enfrenta diversos desafios relacionados à sua saúde e bem-estar diariamente, o dia de Johnny, o personagem rico, é marcado por uma rotina tranquila. Ele vive em uma cidade menos afetada pelo aquecimento global, as temperaturas também seriam elevadas, mas possivelmente mais moderadas.

Uma imagem representação de Johnny criada pela IA Midjourney - Midjourney - Midjourney
Uma imagem representação de Johnny criada pela IA Midjourney
Imagem: Midjourney

Dependendo da localidade em que ele estivesse, as temperaturas poderiam chegar a 30°C a 35°C durante o dia, o que ainda seria considerado quente, mas menos extremo do que na região do Nordeste brasileiro.

Em relação ao custo da água e de outros alimentos básicos, Johnny também sentiria o impacto, mas provavelmente em menor escala do que João. A escassez de recursos e a pressão sobre a produção agrícola e a disponibilidade de água poderiam levar a aumentos nos preços dos alimentos em geral.

Apesar de sua cidade, Vancouver, não estar completamente imune às mudanças climáticas, a região possui um clima relativamente ameno e não sofre com eventos climáticos extremos, como furacões, tornados ou secas prolongadas.

Atualmente, Vancouver é uma cidade que tem se destacado por seus esforços na adoção de políticas de sustentabilidade e redução de emissões de carbono. Ela tinha investido em um plano ambicioso para se tornar a cidade mais verde do mundo ainda em 2020 (o que pode explicar a previsão da IA como um lugar ameno para se viver em 100 anos). A cidade investiu em transporte público, ciclovias, parques e áreas verdes, além de incentivar práticas sustentáveis em empresas e residências.

O que dizem os especialistas?

Ecoa apresentou parte dessa projeção a Sandro Faria, biólogo doutor em evolução e sistemática e Membro do CPMAMA (Centro de Pesquisa e Monitoramento Ambiental da Mata Atlântica), que considerou os apontamentos e projeções pertinentes e afirma que os impactos em algumas partes do globo seriam bem próximos ou iguais aos que foram apontados pelo ChatGPT.

"A questão é que esse mecanismo não consegue prever tantas características sociais, pois, locais mais pobres serão afetados muito antes, e os desdobramentos dessas fragilidades ainda não são totalmente mensuráveis pela ciência ou por inteligências artificiais", afirma Faria.

O biólogo alerta que o fracasso na redução do uso dos combustíveis fósseis e em outras estratégias que barrem as mudanças climáticas irão desencadear uma série de eventos climáticos de proporções ainda desconhecidas.

"Algumas catástrofes mais drásticas, agressivas e pontuais podem acontecer em diversas regiões do globo e não de uma maneira gradual como previsto na IA. No geral, o mecanismo se mostrou bastante coerente", avalia.

Por fim, a IA nos deixa um recado, tal qual um oráculo que prevê e alerta ao futuro: "Ainda há tempo para agir, mas é necessário que governos, empresas e sociedade civil trabalhem juntos em busca de soluções sustentáveis e justas para enfrentar esse desafio global".