| ter., 16 de nov. 20:03 (há 10 dias) | |||
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REALIZAÇÕES EM REDE
Com uma programação diversificada, a II Bienal Brasil do Livro e da Leitura foi um sucesso de público, atraindo cerca de 300 mil pessoas, segundo dados da Secretaria de Cultura. Com uma estrutura de 23 mil metros quadrados montada na Esplanada dos Ministérios, o evento garantiu a comercialização de 445 mil títulos e movimentou, aproximadamente, R$ 8 milhões contra R$ 6 milhões do evento em 2012.
Durante os 11 dias, os visitantes puderam escolher entre mais de 85 mil títulos expostos além de participarem de vários seminários, debates e lançamentos de obras. Com 158 estandes de empresas entre editoras, livrarias e distribuidoras de livros, os gêneros Juvenil, História e Literatura Fantástica figuraram entre os mais procurados. Quem foi até o local com crianças pôde aproveitar os contadores de histórias e outras atrações voltadas para os pequenos em estrutura montada ao lado da Rodoviária.
A II Bienal Brasil do Livro e da Leitura trouxe a Brasília nomes importantes da literatura mundial. O homenageado internacional foi o escritor uruguaio Eduardo Galeano, autor de obras antológicas, como As veias abertas da América Latina e a trilogia Memória do Fogo. Ariano Suassuna, considerado por muitos o maior escritor brasileiro em atividade, foi o homenageado nacional. Os dois fizeram palestras e lotaram o auditório do Museu Nacional da República.
Igor Santos, jovem empreendedor cultural de apenas 16 anos da cidade de Paracatu - MG, inscreve definitivamente seu nome no mercado editorial brasileiro com a sua Editora Buriti, que hoje lança mais uma publicação: 'Antologia da Literatura Paracatuense no séc. XXI (2001 - 2014)'. A noite de lançamento faz parte da programação da Semana da Arte da cidade.
Data: 19/11/14
Horário: 19:30h
Local: Fundação Casa de Cultura [Rua do Ávila, Centro] - Paracatu MG
Organização: Prefeitura de Paracatu, Editora Buriti e Academia de Letras do Noroeste de Minas.
Autores participantes: Maria Teresa Cambronio, Didi Paracatu, Paulo Sergio Laboissiere, Geraldo Evando, Teresinha Machado, Xiko Mendes, Terezinha Guimarães, Tarzan Leão, Maria José – Zequinha, D’Paula, Coraci da Silva Neiva, Sissa Santos, Oliveira Mello, João Campos, JusmarRoquete, Carmem Brochado, Murilo Araujo Caldas, Dom Leonardo, Lavoisier Albernaz, Florival Ferreira, Joana Barbosa, Flávio Neiva, Branca Botelho, Marcio Xavier, Marlene Porto, Dalia Neiva e Flávio Guimarães
Fruto das pesquisas realizadas junto a comunidade anapolina para o Projeto de comemoração dos 150 anos da construção da primeira capela de Santana, a foto foi encontrada no acervo da família de Américo Borges de Carvalho, primeiro prefeito de Anápolis.
A foto tirada no final dos anos 1940 mostra a capela que viria a ser demolida, ao lado da cripta e altar em construção da atual catedral de Santana, que avançaria com sua nave sobre a histórica igreja que teve seus alicerces fundados em 1871 por Gomes de Sousa Ramos.O FOTÓGRAFO
DO PONTO DE LEITURA AO PONTO DE CULTURA
MEMÓRIA DOS POVOS DO CERRADO COM EDUCAÇÃO E CULTURA POPULAR
A Formosa, a Missão Cruls teria chegado em 14 de setembro de 1892.
No rastro dos bandeirantes, comerciantes e bandoleiros, a região do Planalto Central do Brasil foi vasculhada por inúmeros cientistas importantes.
O tcheco Johann Emanuel Pohl, o francês Augusto de Saint-Hillaire e o alemão Carl Friedrich Philipp Von Martius são alguns dos viajantes que, pelos estudos que aqui fizeram, tantos legados deixaram à humanidade.
Com propósitos diferentes, também andou pela região o engenheiro e diplomata brasileiro Francisco Adolfo Varnaghen, mais conhecido como visconde de Porto Seguro.
Sua viagem de seis meses serviu para sugerir um triângulo entre três lagoas existentes no município de Formosa, Goiás, como possível localização de uma nova capital.
Quando Luiz Cruls e sua equipe chegaram ao altiplano central brasileiro, portanto, os descampados ali existentes já estavam repletos de trilhas, caminhos e comunidades instaladas (…).
O grupo que havia passado por Santa Luzia (Luziania) também andou por Mestre D`Armas, mas logo seguiu viagem para Couros (Formosa), que era o objetivo daquele trecho da missão. A distância [de Santa Luzia] ao novo ponto da viagem foi de 13 treze dias (…) Ali seria o local de consolidação dos limites que Cruls pretendia alcançar.
Em seus escritos, quatro décadas antes, ao traçar os limites de uma nova capital para o Brasil, o visconde de Porto Seguro havia sugerido que essa vila [de Couros] fosse a escolhida para a função.
Na localização por ele sugerida, entre as três lagoas existentes naquela parte do Planalto Central, Formosa seria o ponto mais favorável. No entanto, Luiz Cruls não concordava com aquela localização geográfica.
O que Cruls encontrou em Couros/Formosa:
[À época] a maioria das casas ali existentes eram de taipa, todas cobertas com folhas de buriti, portais e janelas de madeira rústica, ruas de terra batida. Enfim, tinha uma aparência de vila pobre, que parecia não condizer com sua história de importante entreposto comercial. Nas fazendas, porém, a feição era diferente.Somente em 1838 foi construída a igreja matriz no Arraial dos Couros. Erigido de maneira também rústica, esse tempo era ainda existente quando da passagem de Cruls. Funcionou até 1904, quando foi fechando porque ameaçava desabar. Em 1915 foi demolido, dando lugar a uma igreja mais moderna do ponto de vista da construção civil.
(…) Cruls e alguns membros da missão estiveram no vale do Paranã, inclusive no salto do Itiquira (…) Uma das tarefas do grupo era avaliar a qualidade da água dos mananciais de toda a região, de modo que seus membros permaneceram ali por alguns dias.
(…) Mas também o processamento da produção agrícola foi desenvolvido [em Formosa] com destaque para o açúcar de cana e a farinha de mandioca, que são outras marcas tradicionais de Formosa.
Aliás, a farinha de mandioca tornou-se [para os habitantes de Couros] um alimento fundamental, substituindo o pão. Além das festas do Divino e a quermesse de nossa Senhora do Rosário, todos os anos se realizava a Semana da Moagem da Mandioca, com moinhos movidos por bois, uma festa popular que anima a cidade desde o século XIX.
Desde 1830, a cidade já contava com um coral, e na segunda metade do século passou a ter também uma banda, no formato das retretas muito comuns nas cidades brasileiras de então. Outras manifestações culturais nos campos da literatura e outras artes também foram registradas, de modo que, embora recatada, a vila tinha movimentação o ano inteiro.
Mais tarde, foram instalados dois postos fiscais próximos ao Arraial dos Couros – um junto à Lagoa Feia, outro perto da cachoeira do Itiquira, nas estradas a oeste e a norte.
Também foram fixadas algumas contendas próximas dali. Só para lembrar, os postos fiscais operavam a cobrança de impostos, enquanto as contendas faziam a contagem das pessoas e animais que passavam, para efeito de conferência.
Foi ali, em Formosa, que a comissão chefiada por Cruls se dividiu nos quatro grupos demarcadores. Após completada a tarefa, todos se encontrariam na capital da província, a cidade de Vila Boa, o que era uma espécie de ação diplomática, de apresentação do grupo às autoridades de Goiás.
ANOTE AÍ:
Este relato é um excerto do livro “Cruls – Histórias e andanças do cientista que inspirou JK a fazer Brasília.” Editora Geração, 2014.
Posted: 15 Jul 2011 05:00 AM PDT Normalmente, quem escreve é, acima de tudo, um amante da literatura. Afinal, antes de ser um contador de histórias, um escritor bebe de fontes que podem variar de Kafka a Machado de Assis, passando por poetas como Drummond, por mestres como Manoel de Barros e por tantas, tantas outras fontes de inspiração. Incentivar a leitura é, portanto, uma forma fundamental de se incentivar toda a cadeia de produção literária nos mais diversos cantos do país. E não é sempre que conseguimos enxergar ações concretas do governo que remem no mesmo sentido que a comunidade literária. Dentre as honrosas exceções, destaca-se o projeto Vivaleitura, destinado a premiar iniciativas que tenham contribuído de forma decisiva para o fortalecimento do hábito da leitura no Brasil. Segundo o site: (O projeto Vivaleitura) é uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC), do Ministério da Cultura (MinC) e da Organização dos Estados Ibero-americanos para Educação, Organização dos Estados Ibero-americanos para Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), com o patrocínio da Fundação Santillana, e com o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). O Prêmio VIVALEITURA faz parte do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL). Todos os anos, são premiados trabalhos nas seguintes categorias: 1) “Bibliotecas Públicas, Privadas e Comunitárias”; 2) “Escolas Públicas e Privadas”; e 3)”ONGs, pessoas físicas, universidades/faculdades e instituições sociais”, que desenvolvam trabalhos na área de leitura. Em cada categoria, os vencedores recebem um prêmio no valor de R$ 30 mil. Na categoria Sociedade, há a distinção da Menção Honrosa a ser atribuída a projetos de empresas com foco no tema “formação de mediadores de leitura”. A distinção abrange programas e projetos de apoio, promoção e patrocínio, na área de leitura, desenvolvidas por empresas, públicas ou privadas. O projeto que se destacar por sua abrangência, permanência confirmada e alta relevância será considerado merecedor da Menção Honrosa. As inscrições estão abertas para todos até o dia 20 de julho, premiando com R$ 30 mil o projeto vencedor. Mas o interesse no assunto deve ir além do prêmio em si: o fomento de iniciativas assim interessa a absolutamente todos os autores brasileiros, que devem acompanhar cada um dos casos e, na medida do possível, apoiar e participar. O site do projeto deixa todas as informações claras e apresenta inclusive os vencedores das edições passadas, no que recomendamos fortemente que se acesse e navegue. Para tanto, basta clicar aqui ou na imagem abaixo – conhecer uma iniciativa como essa e divulgá-la, afinal, é também uma forma importante de apoio! |
Ilustração de "A Menina Derretida" |
13/07/2011
Miguel Setas Vice-presidente da EDP
Nas últimas semanas tem sido noticiado o sucesso dos sites de compras coletivas no Brasil. Estima-se que existam mais de 1.800 sites de compras coletivas brasileiros, enquanto nos EUA este número não ultrapassa os 400. O Brasil é o 5º maior país do mundo em utilizadores com acesso à internet (75 milhões de usuários, de acordo com o Internet World Stats 2011). Uma colocação claramente acima do sua posição econômica, que deve ser reforçada nos próximos anos com o anunciado Plano Nacional de Banda Larga.
Este é um dos sinais de um verdadeiro boom de empreendedorismo brasileiro, que foi confirmado este ano pela Global Entrepreneurship Research Association, que colocou o Brasil como o país com a maior taxa de empreendedorismo do G20, em 2010—17,5% dos brasileiros em idade adulta tem um negócio de até 3,5 anos. O Brasil transformou-se numa verdadeira “start-up nation”, como era conhecida Israel há alguns anos.
Este é um fenômeno global. A internet veio dar condições para os empreendedores se lançarem no mercado com muita rapidez. O Groupon — maior site de compras coletivas do mundo — atingiu faturamento superior a US$ 2,5 bilhões, em pouco mais de 2 anos. Outra tendência interessante, para além da rapidez e intensidade do fenômeno, é o aparecimento de várias classes de empreendedores. Há quatro tipos que nos chamam a atenção: z-preneurs, beta-preneurs, indie-preneurs e senior-preneurs.
Os z-preneurs é um nome que atribuímos para jovens da geração Z (nascidos depois de 1996). A internet permitiu a estes “jovens digitais” montarem os seus próprios negócios on-line. Sites de aconselhamento de imagem, como o da notória Bethany Mota, são um exemplo de como a geração Z já empreende.
Os beta-preneurs são empreendedores que se dedicam a lançar ou testar produtos e serviços em fases avançadas de desenvolvimento, mas que ainda não atingiram a sua versão final—estão na chamada “versão beta”. O exemplo das lojas colaborativas “Endossa” no Brasil, que vendem espaço de prateleira para produtos em fase de lançamento, ilustra a tendência.
Os indie-preneurs são empreendedores “independentes”, que usam a facilidade da web e da mídia social para lançar o seu próprio negócio. Um estudo recente do site enterprisenation.com mostrou que no Reino Unido há mais de 5 milhões de pessoas que gerem os seus próprios negócios em casa, com o chamado “trabalho das 5 às 9 horas”. Muitos dos sites de compras coletivas enquadram-se nesta categoria.
Senior-preneurs é o nome que atribuímos aos empreendedores de idade mais avançada.Um relatório da Kauffman Foundation mostra que nos últimos anos surgiu nos EUA um elevado número de empreendedores na faixa dos 54 aos 65 anos, que beneficiam do aumento da longevidade e que aproveitam negócios associados ao fortalecimento da economia do conhecimento.
Ou seja, o empreendedorismo é hoje um traço marcante da nossa sociedade. Há 30 anos era um conceito inovador que se estudava nas escolas de negócios e era adotado por alguns empresários mais arrojados. Agora é um conceito bastante disseminado na sociedade, impulsionado mundialmente pelas inúmeras oportunidades de negócio e pelas elevadas taxas de desemprego em algumas economias.
Quando as redes sociais na internet começaram a surgir, análises apressadas logo decretaram o fim das relações presenciais. Mobilizações como a que derrubou o ex-presidente Fernando Collor estariam fadadas à extinção, porque os jovens passariam o dia diante de seus computadores. “O que vemos é exatamente o inverso”, afirmou Christiana Soares de Freitas, professora adjunta do Departamento de Administração da Universidade de Brasília, em palestra no 63º Congresso da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Segundo ela, as redes sociais têm possibilitado um exercício maior da democracia deliberativa em um país de democracia representativa. “A internet potencializa o ativismo não institucional”, comentou Christiana, que é também pesquisadora-colaboradora do Departamento de Sociologia. Ela e outros dois integrantes da mesa na SBPC, Bernardo Esteves Gonçalves da Costa, do Instituto Ciência Hoje, e Marcus Abílio Gomes Pereira, da Universidade Federal de Minas Gerais, defenderam a liberdade na internet e criticaram projetos como o PL 84/99, em trâmite no Congresso Nacional. A proposta, chamada pelos internautas de AI-5 Digital, trata de crimes cibernéticos e, durante discussão pelos parlamentares, incluiu o controle de informações acessadas pelos usuários.
O uso das redes sociais nas manifestações que derrubaram governos no Oriente Médio foi o caso mais analisado pelos professores durante o debate. “É claro que a rede não foi o único fator que desencadeou a onda de protestos no Oriente Médio. A imprensa ocidental comprou essa ideia. Houve outras razões, muito mais determinantes, mas é fato que a rede possibilitou a disseminação do movimento”, analisou Marcus Abílio. “As redes sociais estão possibilitando a organização de minorias e aprimorando a democracia”.
Christiana citou como exemplo do poder das redes sociais a ocupação do prédio da Reitoria da UnB há cerca de um mês, por alunos da UnB Ceilândia. “Em meia hora, os estudantes se mobilizaram pela rede e tomaram conta do prédio em um ato totalmente inesperado”, lembrou. Bernardo Esteves destacou também o caso do Churrasco da Gente Diferenciada, que surgiu em protesto contra mudanças em projeto de ampliação das estações de metrô. Em 24 horas, pelo menos 47 mil pessoas confirmaram participação no ato que reuniu cerca de mil pessoas no último mês de maio em Higienópolis. “A internet favorece os espaços de participação pública”, comentou o professor Marcus Abílio Gomes Pereira, da Universidade Federal de Minas Gerais.
O professor destacou, no entanto, que a democracia na rede também tem suas limitações.”É um instrumento democrático, mas quem vai ser escutado? Quem realmente consegue atingir o grande público?”,indagou. Na opinião de Marcus Abílio, a rede está criando uma elite de blogs e sites. “Mas não há como negar que o campo midiático sofreu uma alteração de poder”, disse.
por Ana Lúcia Moura