quarta-feira, 29 de junho de 2022

 

Maria Maia lança "diário poético" escrito durante a pandemia

Hoje, às 19h, o Beirute, tradicional bar da 109 Sul, abre as portas para o lançamento do livro PoemAção, da escritora e cineasta Maria Maia.

Pedro Almeida*
postado em 29/06/2022 06:00
Maria Maia: poesia como exercício cotidiano -  (crédito: Arquivo pessoal)
Maria Maia: poesia como exercício cotidiano - (crédito: Arquivo pessoal)

Completo o tempo de isolamento pandêmico, Maria Maia se viu com um grande volume de poemas em mãos. A escritora desenvolveu, como passatempo, o exercício de escrever um poema por dia, tal qual um diário poético. A profícua produção tornou-se, tão logo, um projeto literário. Os desabafos, as militâncias e os deslumbres cotidianos vividos estão, agora, gravados em mais de 300 páginas. Hoje, às 19h, o Beirute, tradicional bar da 109 Sul, abre as portas para o lançamento do livro PoemAção, da escritora e cineasta Maria Maia. O evento faz parte do projeto Beira Cultural, que promove a cultura local no estabelecimento.

Anos atrás, mais precisamente em 1975, Maria Maia, vinda do Acre e recém-chegada a Brasília, vivia uma rotina na capital que muito se assemelha à trajetória profissional que iria traçar: "Eu ia para o Cine Brasília nos fins de semana. Entrava às 14h da tarde e saía às 22h para ir ao Beirute. Lá, eu subia em cima da mesa e declamava poesia". Maria dedicou-se, ao longo da vida profissional, à produção audiovisual como funcionária da TV Câmara. Recém-aposentada, como quem sai da matinê do cinema no rolar de créditos, a autora encontra tempo, agora, para caminhar em direção ao bar onde, dessa vez, pede licença para declamar a poesia que cultiva desde o início.

O livro de Maria Maia divide-se em três seções. Em Poemas militantes, a autora deixa transbordar os momentos em que o foco do dia girava em torno de temas políticos; em Poemas do confinamento, o silêncio do isolamento fala em versos; por fim, a seção intitulada PoemAção impõe-se e dá nome à obra: "É poema e ação. Poema em ação. É sobre o exercício cotidiano de fazer o poema. Remete, também, ao movimento da vida, ao claro e o escuro, à contração e expansão". Ao longo das três partes, a poeta brinca com as palavras e abre mão da norma padrão para usar contrações e abreviações advindas da internet: "Eu incorporei isso porque são coisas que todo mundo sabe. Não quero banalizar a língua portuguesa, porque eu amo essa língua, com sua complexidade e densidade. Mas gosto de incorporar coisas novas". A autora explica que os jargões internéticos já estão consolidados: "A internet é uma praça pública, e a linguagem já está difundida na praça".

Quem folheia as páginas amareladas do livro que recebem os versos em Times New Roman, se depara, de forma inusitada, com uma seção de imagens coloridas que passam despercebidas na borda do livro. Fotos íntimas e pessoais se intercalam com projetos de artes visuais produzidos pela autora. Maria justifica o desejo da exposição imagética: "Eu escolhi o afeto. Eu sou, ao mesmo tempo, neoconcreta e concreta. É um exercício da minha subjetividade, do eu. Eu sou narradora de mim mesma. Eu me coloco subjetivamente como sujeito das coisas em que acredito. Isso é uma herança do neoconcretismo". A autora, então, reflete sobre o olhar de quem a lê: "Não só o artista que faz é um sujeito, mas quem recebe também é. E eu gosto de mexer com as subjetividades".

PoemAção, de Maria Maia
PoemAção, de Maria Maia(foto: Arquivo pessoal)
PoemAção, de Maria Maia.

Lançamento: Nesta quarta-feira (29/6), a partir das 19h

Onde: bar Beirute - SHCS CLS 109 Loja 2/4, Asa Sul, Brasília

Entrada gratuita

 *Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco

sexta-feira, 17 de junho de 2022

 LITERATURA

36ª Feira do Livro começa nesta sexta na Esplanada dos Ministérios

A edição deste ano ocorre no Complexo Cultural da República, na Esplanada dos Ministérios, e vai até o dia 26 de junho

Camilla Germano
postado em 17/06/2022 20:11 / atualizado em 17/06/2022 21:32
 (crédito: Camilla Germano/CB/D.A Press)(crédito: Camilla Germano/CB/D.A Press)Com o tema "O Quadradinho, o Quadrinho e a Leitura… Sempre em Frente", em homenagem ao ilustrador e escritor Roger Mello, a 36ª edição da Feira do Livro de Brasília (FeLiB) começa nesta sexta-feira (17/6), no Complexo Cultural da República, na Esplanada dos Ministérios. O evento ocorrerá até o dia 26 de junho, em formato híbrido (presencial e on-line), com classificação indicativa livre e entrada franca.

Durante os dias do evento, a expectativa é receber mais de oito mil visitantes. Além das exposições, a Feira terá ainda programações para todas as idades, palestras, apresentações culturais e ações educativas.

A Feira terá foco também na sustentabilidade e todo o lixo gerado no local será reciclado após o evento. Além disso, Roger Mello, ilustrador e escritor, Antônio Miranda, fundador da Biblioteca Nacional, e Lázaro Ramos, ator, escritor e diretor serão os grandes homenageados.

  • 36ª edição da Feira do Livro de Brasília (FeLiB)Rafael Martins/CB/D.A Press
  • 36ª edição da Feira do Livro de Brasília (FeLiB)Rafael Martins/CB/D.A Press
  • 36ª edição da Feira do Livro de Brasília (FeLiB)Rafael Martins/CB/D.A Press
  • 36ª edição da Feira do Livro de Brasília (FeLiB)Rafael Martins/CB/D.A Press
  • 36ª edição da Feira do Livro de Brasília (FeLiB)Rafael Martins/CB/D.A Press

No evento de abertura, algumas entidades do Governo do Distrito Federal (GDF) e outras organizações marcaram presença no local. O secretário de turismo, William Almeida; a ex-secretária de turismo Vanessa Mendonça; o administrador do Instituto de Produção Socioeducativo e Cultural Brasileiro (IPCB), Jorge Luiz; da Câmara do Livro, Ivan Valério; o Superintendente do Iphan, Saulo Diniz e o representante da secretária de Educação, Nivaldo Félix.

Homenageados

Um dos homenageados do evento, Antônio Miranda — primeiro diretor da Biblioteca Nacional de Brasília — falou na aberturada Feira. "Muito especial estar aqui agora aqui compartilhando com esses outros homenageados esse grande evento da cultura cidadã”, garante.

O ilustrador e escritor Roger Melo também agradeceu a homenagem e enalteceu a realização da Feira. "Ainda há quem queira que o livro seja afastado das pessoas, mas ele tá aqui, ele é uma forma de resistência", pontuou.

Ponto Cultural Importante

Os amigos Luis Menezes, 27 anos, Andrezza Cardoso, 28, e Angélica Mota, 23, sempre marcam presença na Feira. Para eles, a ideia de vir até o local garante uma experiência mais social para o processo de compra de livros. “Quando a gente vem na Feira, a gente pode apresentar um gênero novo para alguém”, explica Luiz.

O jovem conta também que outro fator positivo é poder conversar com os autores. “Eu sou designer e conversei com o autor de um livro sobre a diagramação, ele assinou o livro, isso é impossível de acontecer quando se compra on-line”, diz. 

Angélica já tinha dado uma volta no grande espaço de tendas por entre o Museu e Biblioteca Nacional, e revelou que achou os preços mais baratos do que os outros anos e até mesmo das lojas on-line.

Ela também acredita que o fato do evento estar ocorrendo na Esplanada dos Ministérios, próximo a Rodoviária do Plano Piloto, ajuda a trazer mais pessoas para prestigiar.

  • A Feira do Livro de Brasília deste ano ocorre na Esplanada dos MinistérioCamilla Germano/CB/D.A Press
  • A Feira do Livro de Brasília deste ano ocorre na Esplanada dos MinistérioCamilla Germano/CB/D.A Press

  • A Feira do Livro de Brasília deste ano ocorre na Esplanada dos MinistérioCamilla Germano/CB/D.A Press
  • A Feira do Livro de Brasília deste ano ocorre na Esplanada dos MinistérioCamilla Germano/CB/D.A Press

A professora Tina Porto, 43, veio prestigiar a Feira com os filhos Ana e Pedro, 13 e 9 anos, respectivamente. Ela conta que já vinha no evento antes mesmo de ter filhos, e agora a família toda marca presença — todos os anos. “Ajuda a incentivar a leitura e por eles serem filhos de professora ajuda mais ainda”, brinca ela.

Ela também acha que o espaço é ótimo para apresentar a literatura para a população. “Eu acho bacana também porque dá oportunidade para os autores brasilienses de divulgarem seus trabalhos”, comenta também.

Marcelo Quirino, 36, trabalha como auxiliar administrativo da Paulus Editoria. Há dez anos eles têm um estande na Feira e, apesar da expectativa de venda não ser muito alta, por causa da pandemia, ele acredita que voltar a ter o evento presencialmente é muito importante. “Muito bom voltar com a Feira porque é um evento cultural que Brasília precisa”, garante.

Serviço

36ª Feira do Livro de Brasília - FeLiB

  • Data: de 17 a 26 de junho de 2022
  • Local: Complexo Cultural da República (Esplanada dos Ministérios)
  • Horário: de segunda à sexta-feira, das 9h às 22h. - Sábados e domingos, das 10h às 22h
  • Entrada: gratuita
  • Classificação indicativa: livr

sábado, 4 de junho de 2022

 




De 17 à 26 de junho  acontecerá a 36ª FEIRA DO LIVRO DE BRASÍLIA - FeLiB, 
no espaço entre a Biblioteca Nacional e o Museu da República, 
no horário de 10h às 22h.

A Cerimônia de Abertura será dia 17 às 18 horas.

A Grande homenageada será a MALA DO LIVRO, seria muito bom contar com sua presença nesse dia e horário.

Como a MALA DO LIVRO será destaque, seria muito gratificante, se durante a FEIRA nosso Stand fosse ocupado pelos agentes, afinal, sem os Agentes não teria sentido a existência da MALA DO LIVRO.


Atenciosamente, 

Gerência da Mala do Livro

Setor Cultural Sul  Lote 2, Edifício da Biblioteca Nacional de Brasília, 2º andar – Salas 224 / 226 

CEP 70070-150 – Brasília  DF – Telefone: (61) 33252607

E-mails: maladolivro@gmail.com 

maladolivro@cultura.df.gov.br