segunda-feira, 30 de novembro de 2015

COMEÇA HOJE O I ENCONTRO INTERNACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS: TERRITÓRIO LEITOR

I ENCONTRO INTERNACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS: TERRITÓRIO LEITOR
Em Brasília, de 30 de novembro a 2 de dezembro de 2015. Participe!
A inscrição é gratuita e pode ser feita no local no dia 30 de novembro, às 13h, por ocasião do credenciamento na entrada do Auditório Petrônio Portela, no Senado Federal, onde será realizado o evento.
Certificados serão conferidos aos inscritos no evento e presentes nas palestras e mesas do Encontro.
Confirme presença no evento! Lá, você poderá acompanhar a cobertura dos encontros e conferir a programação do I Encontro Internacional de Políticas Públicas: http://on.fb.me/1N9Ltv3 ‪#‎TerritórioLeitor‬

Brasília reúne famílias e contadores de histórias que incentivam a leitura

Gustavo Moreno/CB/D.A Press

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2015/11/30/interna_cidadesdf,508584/brasilia-reune-familias-e-contadores-de-historias-que-incentivam-a-lei.shtml

A pedagoga Silvana Kronemberger com os trigêmeos Caio, Camila e Carla, de 4 anos: "É muito importante que os filhos comecem a ter contato com a literatura desde bem novinhos"
 Era uma vez uma cidade que se tornava cada vez mais interessada pela leitura. Brasília chama a atenção pela cultura de espalhar a paixão pela literatura e incentivar públicos de todas as idades a gostarem de ler. A pedagoga Silvana Kronemberger, 40 anos, é uma das brasilienses apaixonadas por livros, principalmente os infantis. Desse amor, veio a iniciativa: ela criou uma página nas redes sociais para falar das experiências no universo literário e da importância do estímulo à leitura, em casa, com os filhos, além de dar dicas.

Com amigas, também desenvolve uma série de atividades para crianças e adultos, como piqueniques e cirandas literárias. A paixão começou antes da chegada dos trigêmeos Caio, Camila e Carla, de 4 anos. “É muito importante que os filhos comecem a ter contato com a literatura desde bem novinhos. A gente não força, deve ser algo divertido e natural”, ensina.

Ao lado de Silvana está a ilustradora de livros infantis Gisele Federizzi Barcellos, 39, outra incentivadora. A gaúcha criou um site com sugestões de livros com o objetivo de fazer a família passar mais tempo junta. Gisele chegou a Brasília há dois anos. “Existem várias estações culturais em que as pessoas pegam e colocam livros, o que achei fantástico. O povo tem a cultura de ler, de comprar livros, de ir a sebos e livrarias. Nos outros lugares, a população lê muito por obrigação, mas o brasiliense lê por diversão”, acredita. Os filhos dela — Cássio, 11 anos, e Cecília, 9 — seguem o exemplo da mãe. Na casa da família, há mais de mil livros. O menino se destaca: escreve análises literárias de livros ilustrados por Gisele.

Contadores de histórias
“O encantamento da contação de histórias vem do encantamento do olhar de quem ouve.” A frase é da professora aposentada Stela Maris Papa, 60 anos, contadora de histórias e integrante da Associação Amigos das Histórias. A entidade existe em Brasília há 20 anos. São cerca de 60 pessoas que contam histórias em creches, orfanatos, asilos, hospitais e promovem vários eventos, como saraus literários. Além disso, em três anos, a Associação doou 1,4 mil obras.

O fundador, William Reis, sempre foi apaixonado pelas narrativas. Para ele, ainda existe em Brasília uma carência no incentivo à leitura e em ouvir histórias. “Quando estamos nos apresentando aparecem as crianças, mas, logo depois, chegam os pais e se interessam. A partir do momento em que ouvem, todos têm vontade de ler. Por isso, temos zelo de como contar, para levar vida, cor, palavras, histórias. O nosso público-alvo são pessoas de até 150 anos”, brinca.

Na sede da associação há painéis coloridos, máscaras, bonecos, entre outros apetrechos voltados, especialmente, para difundir a cultura literária. Entre as ações, a partir de 5 de dezembro, ela promoverá a Caravana Literária, que passará por 70 creches, parques e escolas do DF.

Para a professora e contadora de histórias Maristela Papa, 45, também da Associação Amigos das Histórias, as pessoas leem bastante em Brasília. “Quando a gente vai contar uma história, a pessoa fala que já ouviu falar, já leu. Eu também percebo que as crianças têm gosto por ler. O acesso aos livros é bom, mas eles deveriam ser mais baratos”, opinou.

Natal
O livro certamente é uma boa opção para presente de fim de ano. Em momentos de crise, vários setores no DF apresentaram queda nas vendas, mas, no da literatura, segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindipel), José Aparecido Freire, há uma estabilidade em relação ao ano anterior. Existem cerca de 200 livrarias na capital. A gerente da livraria Dom Quixote, Rosana Oliveira, acredita em um aumento de 3% nas vendas até o Natal. “Nós brincamos dizendo que este ano será o das lembrancinhas; então, os livros são boas opções”, disse.

No Sebinho, na 406 Norte, existe uma sessão de livros como sugestões de presentes. O ponto se destaca em Brasília há 30 anos. Além de vender livros novos e usados, promove lançamentos de autores, cursos de literatura e rodas de leitura. O funcionário Hugo Lacerda se apaixonou pela leitura desde que começou a trabalhar no local, há 7 anos. “Crianças de 9, 10 anos já procuram livros mais elaborados, que seriam para um público mais velho. Os livros estão atingindo todas as idades”, avaliou.

A psicóloga e psicopedagoga Eika Globo Junqueira defende que a leitura é importante para o desenvolvimento das crianças e ajuda a fortalecer o vínculo entre pais e filhos. “A criatividade, a sequência lógica, a fantasia que os livros proporcionam, tudo isso é importante para o desenvolvimento. As famílias hoje trabalham o dia todo, esse momento da leitura é importante para mostrar o cuidado com as crianças”, explicou.