quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Semana Infância e Paz Senado Federal 2011

Inscrições:
http://www.senado.gov.br/senado/Programas/infanciaepaz/default.asp

Por Giulieny Matos
Colaboração Mauricéia

Histórico de Ceilândia


Ceilândia é uma jovem cidade de apenas 39, e que apesar de sua pouca idade já agrega problemas de cidades mais antigas. Ceilândia abriga cerca de 500 mil habitantes (dados da CODEPLAN) e desses cerca de 20% são de adolescentes e jovens que não dispõem de opções de lazer gratuitas. Ceilândia é parte de Brasilia, mais precisamente 30km, e Brasilia é uma cidade onde temos uma diversidade enorme de imigrantes de todos os estados brasileiros e isso dificulta multo a questão de termos uma tradição unica oral. Ceilândia é uma cidade onde a maioria de seus fundadores são do nordeste porém não se preservam muitos costumes e esses muitas vezes não são passados para os mais jovens. O projeto vem como uma forma de trazer para esses adolescentes e jovens um pouco de sua propria historia.
HISTÓRICO DA ENTIDADE

O Grupo Atitude é uma Organização não-governamental, sem fins lucrativos, criada em abril de 1998, por um grupo de jovens moradores da região administrativa de Ceilândia (Distrito Federal).

A organização não tem vínculo partidário, estudantil nem religioso e se fundamenta nos princípios da cidadania, na luta pela garantia dos direitos civis constituídos, acreditando estar, desta forma, contribuindo para uma sociedade mais justa e solidária.

O Grupo Atitude trabalhou nestes anos para encontrar respostas coletivas a esses tipos de carências, criando espaços de debates, encontros e organização envolvendo adolescentes, operadores culturais, professores e pais. A estratégia destas atividades é trabalhar o protagonismo social dos jovens da periferia, a defesa dos direitos básicos e no mesmo tempo para propor ações e projetos de inclusão social, produtiva e cultural.
OBJETIVOS DA ENTIDADE

O Grupo Atitude é uma Organização não-governamental, sem fins lucrativos, criada em abril de 1998, por um grupo de jovens moradores da região administrativa de Ceilândia (Distrito Federal).

A organização não tem vínculo partidário, estudantil nem religioso e se fundamenta nos princípios da cidadania, na luta pela garantia dos direitos civis constituídos, acreditando estar, desta forma, contribuindo para uma sociedade mais justa e solidária.

O Grupo Atitude trabalhou nestes anos para encontrar respostas coletivas a esses tipos de carências, criando espaços de debates, encontros e organização envolvendo adolescentes, operadores culturais, professores e pais. A estratégia destas atividades é trabalhar o protagonismo social dos jovens da periferia, a defesa dos direitos básicos e no mesmo tempo para propor ações e projetos de inclusão social, produtiva e cultural.
 Dentre as atividades propostas as rodas de conversa são atividades fundamentais para o bom desenvolvimento da cidadania dos jovens da comunidade de Ceilândia, uma forma de troca e de aprendizagem através da tradição oral.


Fonte:
http://www.acaogrio.org.br/index.php?pg=projeto&idreal=000073&idpj=051

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Coleção Itaú de Livros Infantis 2011



Gente, sucesso total!!!

o Itaú vai repetir a oferta e quem desejar receber os livros é só pedir no seguinte link:

http://ww2.itau.com.br/itaucrianca/peca_colecao.aspx

Saber mais sobre a primeira coleção acesse http://giulienymatos.blogspot.com/2011/07/colecao-itau-de-livros-infantis.html
Abração a todos e boa leitura! Eu já pedi o meu!

Giulieny Matos
acesse giulienymatos.blogspot.com, o Troca de Figurinhas!

Dá só uma espiada no nosso projeto de Literatura Infantil tambemqueroler.blogspot.com

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

"Utopia e barbárie" chega aos cinemas em abril



Documentário de Silvio Tendler reconstrói o mundo a partir da II Guerra Mundial. O filme, que percorreu 15 países, faz uma revisão nos eventos políticos e econômicos, que desde a metade do século XX elevaram ao risco e até ao desaparecimento dos sonhos de igualdade, de justiça e harmonia, em busca de entender as questões que mobilizam esses dias tumultuados: a utopia e a barbárie. Ao longo de quase duas décadas de trabalho, Silvio Tendler fez uma minuciosa pesquisa e reconstruiu parte da história mundial, através do olhar de diferentes personagens.

No dia 23 de abril, chega aos cinemas de todo o país o filme “Utopia e Barbárie”, mais novo trabalho do cineasta Silvio Tendler, que se debruçou nos últimos 20 anos sobre o projeto. Partindo da II Guerra Mundial, o filme faz uma revisão nos eventos políticos e econômicos, que desde a metade do século XX elevaram ao risco e até ao desaparecimento dos sonhos de igualdade, de justiça e harmonia, em busca de entender as questões que mobilizam esses dias tumultuados: a utopia e a barbárie.

“Utopia e Barbárie” é um road movie histórico que percorreu ao todo 15 países: França, Itália, Espanha, Canadá, EUA, Cuba, Vietnã, Israel, Palestina, Argentina, Chile, México, Uruguai, Venezuela e Brasil. Em cada um desses lugares, Tendler documentou os protagonistas e testemunhas da história, os apresentando de forma apartidária, mas sem deixar de trazer um pouco do olhar do cineasta, que completa 60 anos em 12 de março de 2010.

Nas telas, Silvio Tendler trafega por alguns dos episódios mais polêmicos dos últimos séculos, como as bombas de Hiroshima e Nagasaki, o Holocausto, a Revolução de Outubro, o ano de 1968 no mundo (Brasil, França, Chile, Argentina, Uruguai, dentre outros), a Operação Condor, a queda do Muro de Berlim e a explosão do neoliberalismo mais canibal que a História já conheceu. 

O cineasta foi à procura dos sonhos que balizaram o século XX e inauguram o século XXI. Ao longo de quase duas décadas de trabalho, Silvio Tendler fez uma minuciosa pesquisa e reconstruiu parte da história mundial, através do olhar de personagens com abordagens e trajetórias distintas, que ajudaram a compor um rico painel de nossa época. O diretor entrevistou inúmeros intelectuais, como filósofos, teatrólogos, cineastas, escritores, jornalistas, militantes, historiadores, economistas, além de testemunhas e vítimas desses episódios históricos.

Os dramaturgos Amir Haddad, Augusto Boal e Zé Celso Martinez, a economista Dilma Rousseff, o escritor e jornalista Eduardo Galeano, o poeta Ferreira Gullar e o jornalista Franklin Martins foram alguns dos nomes que concederam ao filme emocionantes depoimentos. Diversas vítimas, testemunhas e sobreviventes também narraram suas trajetórias, como a argentina Macarena Gelman e a brasileira nascida em Havana, Naisandy Barret, ambas filhas de desaparecidos políticos, além do estrategista do exército vietnamita, General Giap.

Cineastas de vários países também contribuíram com suas visões, como Denys Arcand (Canadá), Amos Gitai (Israel), Gillo Pontecorvo (Itália), Fernando Solanas (Argentina), Hugo Arévalo (Chile), Marceline Loridan (França), Mohamed Alatar (Palestina), Shin Pei (Japão), além dos cineastas brasileiros Cacá Diegues, Sérgio Santeiro e Marlene França.

Orçado em R$ 1 milhão, o longa-metragem conta com a narração de Letícia Spiller, Chico Diaz e Amir Haddad. A trilha sonora, especialmente composta para o filme, é assinada por Caíque Botkay, BNegão, Marcelo Yuka e pelo grupo Cabruêra.

Sobre o diretor
Silvio Tendler é diretor de O Mundo Mágico dos Trapalhões, que fez um milhão e oitocentos mil espectadores; Jango, fez um milhão e Os Anos JK, oitocentos mil espectadores. Seu último longa-metragem, Encontro com Milton Santos, ficou entre os dez documentários mais vistos de 2007. Com seus filmes Silvio ganhou quatro Margaridas de Prata (prêmio dado pela CNBB), seis kikitos (Festival de Gramado) e dois candangos (Festival de Brasília).
Fonte:

quinta-feira, 1 de setembro de 2011


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Poder e Sociedade na Noruega Medieval





História & Literatura Germano-Escandinava, vol. 2

Por: Pablo Gomes de Miranda
A história, a literatura e os mitos da Escandinávia Medieval encantam o mundo Ocidental desde o Setecentos. Infelizmente, nosso país não sofreu maiores influências germânicas, onde os estudos escandinavísticos fazem muito sucesso. A tradição francesa de estudos medievais, centrada essencialmente numa perspectiva da criação de uma civilidade feudo-cristã com eixo na Europa central, discriminou o mundo escandinavo como marginal e alheio, somente tendo alguma importância após a sua conversão. Esse modelo foi refletido em nosso país, onde grande parte das pesquisas acadêmicas enfatizou os temas relacionados com a formação e desenvolvimento da Cristandade.

O panorama agora parece se modificar. Uma nova geração de pesquisadores está sendo formada no Brasil, alguns inseridos em programas de pós-graduação, percebendo não somente a importância da investigação da Europa Setentrional, mas suas conexões culturais com o Báltico, as sociedades eslavas, celtas e germânicas. As perspectivas metodológicas também acompanham esse entusiasmo temático, enfatizando novos autores, novas questões, novas abordagens.

Tendo como principal fonte a Haralds saga híns hárfagra, Miranda analisa as conexões ideológicas das sagas reais com a sociedade nórdica medieval. A narrativa de Harald cabelos belos, rei norueguês que viveu entre os séculos IX e X, é uma das mais famosas sagas integrantes da Heimskringla, épico literário escrito durante o século XIII.
No estudo, sem perder de vista a utilização da narrativa enquanto instrumento de poder e dominação de uma elite, sendo esta a realeza norueguesa, também estão presentes as conexões culturais, por exemplo, na relação entre guerra e poder. Miranda também descortina ao longo da pesquisa outras questões fundamentais nos estudos escandinavos: algumas de cunho tradicional, como as conexões e relações entre história e literatura, a oralidade e o documento escrito; outras mais recentes, como a questão da autoria das sagas, a relação entre memória e história, a recepção social e a audiência das narrativas orais e escritas durante o medievo.

Impresso
R$ 29,99

Autor: Pablo Gomes de MirandaTema: Literatura EstrangeiraCiências Humanas e SociaisGeografia e HistoriaPalavras-chave: história, islândia, literatura, medieval, poder, sagas, sociedade
Número de páginas: 92
Peso: 282 gramas
Edição: 1(2011)
ISBN: 978-85-61857-04-2
Acabamento da capa: Papel Couché 300g/m², 4x0, laminação fosca. 
Acabamento do miolo: Papel offset 75g/m², 1x1, cadernos fresados e colados (para livros com mais de 70 páginas) ou grampeados (para livros com menos de 70 páginas), A5 Preto e Branco.
Formato: Médio (140x210mm), brochura com orelhas. 
Fonte:
1encontro_arte_e_cultura_ 2_red.jpg

Antologia mostra a perspicácia de Stanislaw Ponte Preta




Publicação: 31/08/2011 08:13 Atualização: 31/08/2011 09:19
 (Agir Editora/Reproducao )
Sérgio Porto é o pai espiritual da turma do Pasquim. Ele encarnou como poucos o melhor espírito crítico carioca e transformou a gozação em um estilo: “A prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova evidente de que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento”. Impôs-se, nas décadas de 1940 a 1950, no momento em que a imprensa do Rio de Janeiro era dominada por uma constelação de craques. As ridicularias, as arrogâncias e o festival de besteiras não passavam impunes por sua verve, que democratizou a inteligência crítica. Sérgio Porto está de volta com a antologia O melhor de Stanislaw Ponte Preta, ilustrada por Jaguar (Ed. José Olympio). 

Pseudônimo

O pseudônimo Stanislaw Ponte Preta foi inspirado no personagem Serafim Ponte Grande, de Oswald de Andrade, por sugestão de Rubem Braga, nos tempos em que ambos trabalhavam no Diário Carioca, uma escola de linguagem coloquial no jornalismo. Culto, inteligente, elegante, alegre e simpático, Sérgio só aceitou usar o pseudônimo para preservar o lado supostamente mais sério de cronista musical e de escritor. No entanto, o personagem, ilustrado pela primeira vez pelo artista plástico Santa Rosa, ganhou vida própria e soterrou as pretensões graves de Sérgio, que se tornou muito  popular, com suas frases de efeito: “Se o Diabo entendesse de mulher, não tinha chifre nem rabo”. 

 O instinto popular de Sérgio o levou a praticar o humor em várias frentes.  “Uma feijoada só é realmente completa quando tem uma ambulância de plantão.” As suas crônicas têm a estrutura de pequenos contos, escritos numa linguagem coloquial, fluida e fácil, em tom de conversa de bar. Ele criou alguns personagens que se tornaram célebres. A sábia Tia Zulmira, o calhorda Primo Altamirando, o distraído Rosamundo e o retórico Data Vênia foram os mais famosos. Eles se envolvem em situações típicas do cotidiano.

 Sérgio se autointitulava mulherólogo e mulherengo. Nunca deixava faltar em sua gaveta o perfume preferido das atrizes de teatro do rebolado. Os colegas de profissão eram, frequentemente, fontes de gozações e de inspiração para as suas criações. Um dos seus alvos preferidos era o colunista Ibrahim Sued, que perpetrava frases como esta ao anunciar o seu programa de televisão:

“Estarei aqui diariamente às terças e às quintas”. Quando o colunista social Jacinto de Thormes lançou, na revista Manchete, “As 10 mais bem-vestidas”, o gaiato Stanislaw resolveu inventar “As 10 mais bem despidas” que, em um segundo momento, viraram as “Certinhas do Lalau”. Na coluna, ele promoveu beldades do teatro rebolado, tais como Virginia Lane, Gina Le Feu, Carmem Verônica. Todo mundo ficava de olho nas “Certinhas do Lalau”.

Febeapá
 Quando o regime militar de 1964 se instalou, Stanislaw inaugurou o Febeapá, Festival de Besteiras que Assola o País. Garimpava notícias bizarras dos donos do poder nos jornais ou as inventava para ridicularizar a prepotência. Segundo Stanislaw, os militares prometiam prender o dramaturgo grego Sófocles, morto há vários séculos, em razão do conteúdo subversivo de suas peças. 

Cronista, roteirista, radialista e apresentador de tevê, Sérgio pagou um preço alto pelo sucesso. Era cardíaco e não resistiu à enorme carga de trabalho. Ele morreu de infarto aos 45 anos.

 Essa antologia oferece um bom panorama do humor de Sérgio Porto e mostra que ele tem qualidade literária para resistir ao desgaste do tempo. Mas faltou contemplar melhor tanto o Febeapá quanto as belas crônicas sobre futebol para fazer justiça ao título O melhor de Stanislaw Ponte Preta.   A perspicácia e a graça de crítico de costumes, no entanto,  permanecem vivas: “Pelo jeito que a coisa vai, logo o terceiro sexo estará em segundo”.

Leia trechos do livro O melhor de Stanislaw Ponte Preta:

 (Jaguar/Editora José Olympio/Reprodução )
À beira-mar

“Deixa eu jogar neles.” O camarada fez menção de lhe tirar o balde da mão e foi mais incisivo: “Não senhor. Deixe o casal namorar em paz. Não vai jogar areia não”. O menininho então deixou que ele esvaziasse o balde e disse: “ Tá certo. Eu só ia jogar areia neles por causa do senhor.” “ Por minha causa?” — estranhou o chato.”
Mas que casal é aquele?”  “O homem eu não sei” — respondeu o meninho.  “Mas a mulher é a sua.”

Mulher de borracha
"É, madame, a mulher de borracha para os tímidos é um bom negócio para o comprador e um grande negócio para o fabricante. E a senhora pode ficar certa de uma coisa: essa humanidade anda tão torta que é bem capaz de um camarada com mulher de borracha em casa se apaixonar pela mulher de borracha do vizinho."

Rosamundo no banheiro
“Como é mulher. Nesta porcaria desta casa não tem toalha?” A mulher trouxe a toalha e enfiou a mão pela porta entreaberta do banheiro. Rosamundo, molhado e pelado, quis fazer um agradinho nela e puxou-a pelo braço para dentro do banheiro. E só então morou no vexame. A mulher que puxara era a do vizinho. Rosamundo tinha entrado no apartamento de baixo.
 
Perfil da Tia Zulmira
Pouco se sabe a respeito dessa ex-condessa prussiana, ex-vedete do Follies Bergère (coleguinha de Colette), cozinheira da Coluna Prestes, mulher que deslumbrou a Europa com sua beleza, encantou os sábios com a sua ciência e desde menina mostrou-se personalidade de impressionante independência, tendo fugido de casa aos sete anos para aprender as primeiras letras, pois na época as mocinhas — embora menos insipientes do que hoje — só começavam a estudar aos 10 anos. Tia Zulmira não resistiu ao nervosismo da espera e, como a genialidade borbulhasse em seu cérebro, deu no pé.

Sentada em sua velha cadeira de balanço — presente do primeiro marido — Tia Zulmira tricotava casaquinhos para os órfãos de uma instituição nudista mantida por d. Luz Del Fuego. E foi assim que a encontramos (isto é, encontramos titia), na tarde em que visitamos, no seu velho casarão da Boca do Mato.

 (Jaguar/Editora José Olympio/Reprodução )
Um home e seu complexo
O psicanalista achou aquilo muito estranho, percebeu que estava dainte de um caso de complexo de inferioridade incurável e deu umas pílulas. Mas deu sem nenhuma esperança porque "Z" era tão sincero em seus complexos que chegou a confessar que só se sentia bem numa lata de lixo, ocasião em que pagou a consulta e se atirou pela lixeira do edifício, com um sorriso de superioridade.

Mas mesmo o lixo tem seu valor, embora a Limpeza Pública não saiba. "Z" foi piorando de tal forma que acabou achando que nem como lixo prestava. E — um dia — deu-se o trágico e amargo fim: seu complexo chegou ao máximo. Ia sair de casa e, para colocar a gravata, foi até o espelho.

Qual não foi a sua surpresa? Chegou diante do espelho… olhou… e não viu mais ninguém.
Fonte: