quinta-feira, 31 de agosto de 2023

A segunda morte da pesquisadora que revolucionou a alfabetização

Diz muito sobre a falta de interesse real pela educação, e também sobre uma decolonialidade para inglês ver, o silêncio sobre a morte da psicolinguista argentina Emilia Ferreiro (1937 - 2023). Há 40 anos, seus estudos sobre a chamada psicogênese da língua escrita - uma rigorosa investigação sobre como as crianças aprendem a ler e escrever - provocaram um terremoto num território até então dominado por cartilhas prescritivas e focado na repetição mecânica.

Seus achados são revolucionários até hoje. A descoberta de que os pequenos não apenas copiam letras, mas são capazes de elaborar ativamente hipóteses sobre o sistema de escrita trouxe para o terreno da alfabetização a perspectiva que o epistemólogo Jean Piaget (1896 -1980) havia aberto para a infância como um todo: crianças são seres pensantes, capazes de enfrentar desafios intelectuais, pôr em jogo seus conhecimentos, aprender com o erro e assim atingir formas sucessivamente mais complexas de raciocínio, em um processo que começa no primeiro contato com o mundo e segue até o fim da vida.

Ferreiro pôde mostrar que a percepção da relação entre letras e sons ocorre por etapas. Primeiro a criança usa as letras sem correspondência sonora, a hipótese pré-silábica; depois, cada letra passa a representar uma sílaba (hipótese silábica); a seguir, vem o entendimento de que as sílabas podem ser compostas por mais de uma letra (hipótese silábico-alfabética) e de que há sons que, dependendo da palavra, podem ser representados por letras diferentes (hipótese alfabética).

Tudo isso veio com muita observação de sala de aula, registro de atividades, revisão e validação pelos pares. Em uma área até hoje marcada por intenso impressionismo, Ferreiro fez Ciência com C maiúsculo. E mostrou que todas as crianças podem aprender. Não só as ricas, todas. Não só as possuidoras de "dom", "facilidade", "inteligência", conceitos subjetivos usados para naturalizar diferenças sócio-históricas no acesso à educação. Todas, todos.

"As contribuições dessa investigação tiveram um impacto expressivo no Brasil. Entre 2001 e 2003, Emilia Ferreiro colaborou diretamente com o Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (Profa), responsável por disseminar a produção científica a partir do marco psicogenético. No cenário atual é difícil encontrar um professor alfabetizador que não tenha ouvido falar na Psicogênese da Língua Escrita e que não saiba dizer quais são os níveis de aquisição da escrita", afirma Giovana Zen, professora da Universidade Federal da Bahia e Presidente da Rede Latino-americana de Alfabetização, cujo embrião foi lançado pela própria Emília Ferreiro, em 1987.

Suas pesquisas não apontavam soluções fáceis como novos livros, sistemas de ensino padronizados ou tecnologias que pouco acrescentam, exceto às contas bancárias de quem lucra - e muito - com o mercado em que se transformou a educação. Rigorosa, a psicogênese se baseia em professores-pesquisadores, intelectuais, estudiosos, profundos conhecedores de uma didática específica que permita lançar mão das intervenções mais adequadas para cada etapa da vida das crianças e cada contexto específico da sala de aula.

Na vida a gente dá algumas sortes, e uma das minhas - sorte grande - foi ter trabalhado com gente sabida e generosa que me ajudou a começar a construir o olhar para a complexidade que é o aprendizado infantil. Sou grato a todas essas professoras, em especial à Regina Scarpa, uma inspiração. A outra sorte foi ter duas crianças fantásticas para quem olhar. Seis anos atrás, escrevi sobre o assunto na revista Nova Escola. Reproduzo aqui alguns trechos:

"Qué peteta [chupeta]", dizia Luiza, cerca de um ano atrás, ao completar seu primeiro aniversário. "Eu fazi cocô na pivada", celebra hoje, aos 2 anos e 4 meses, cada vez que cumpre com sucesso esse importante desafio. "Olha ali o 4 e o 2", afirma, empolgada, ao identificar as letras A e S no texto de um livro. É lindo ver nossa filha refletindo tão intensamente para entender como funciona a língua. Seus equívocos - os de qualquer criança, evidentemente -, são hipóteses acerca das regras e regularidades de como se fala e escreve. A psicolinguísta Bénédicte de Boysson-Bardies, do Centro Nacional de Pesquisas Científicas, em Paris, dá a medida desse maravilhamento. "Mesmos os estetas mais blasés deveriam ficar estupefatos diante da extraordinária engenhosidade e da eficácia do sistema que, nos bebês, preside a aquisição da linguagem. A criança é um pesquisador nato".

"A criança é um pesquisador nato". Isso modifica tudo, do nosso olhar diante do erro - parte fundamental do processo de aprendizagem - ao respeito que devemos aos pequenos. Luiza se alfabetizou e agora é a vez da Clara, a quem chamo, reverentemente, de "minha professora", pelo tanto que aprendo com essa menina e seu encantamento pelo mundo, pela curiosidade de entender e criar explicações para como as coisas funcionam. Para o que é a vida.

Volto a Ferreiro para destacar sua centralidade nessa perspectiva sobre o conhecimento e suas implicações na educação. Um ensino comprometido com esse respeito pelo direito infantil de pensar pressupõe robusta formação. É um trabalho de longo prazo e pouco glamouroso, que exige enorme disposição para combater o imediatismo da política e o oportunismo dos mercadores de ilusões.

Emília Ferreiro foi uma adversária feroz das falsas balas de prata. Num debate público raso como piscina de criança, foi responsabilizada pelos alarmantes índices de analfabetismo funcional na América Latina - relação de causalidade inexistente, pois o sistema escolar no subcontinente nunca deixou de ser cartilhesco. Também foi "acusada" de incentivar que os alunos não tivessem os erros corrigidos - outra inverdade, já que sua proposta previa intervenções específicas bastante sofisticadas para ajudar o aluno a avançar.

Mesmo a universidade não fez jus à sua obra. "Inclusive nas discussões acadêmicas, a complexa teoria psicogenética tem sido utilizada apenas para etiquetar as crianças e classificá-las", diz Giovana. "As várias críticas à abordagem psicogenética construtivista desconsideram toda a produção científica das últimas décadas, o que contribui para a disseminação de interpretações equivocadas sobre como se aprende e como se ensina a ler e a escrever, mesmo entre aqueles que assumem as contribuições de Ferreiro como basilares na discussão sobre a alfabetização".

Emília Ferreiro morreu no sábado 26 de agosto. Mas a estereotipação de sua obra foi também uma espécie de 1a morte Emilia Ferreiro, ainda em vida. A argentina teve sua produção mais recente escanteada da academia e da formulação de políticas públicas. Investigadora incansável, ela seguia produzindo pesquisas de excelência no campo psicolinguístico. Foi também uma ativista. "Ela sabia da importância da sua obra e tinha pressa em formar pesquisadores que pudessem seguir investigando os processos de aprendizagem da linguagem escrita", afirma Giovana.

Convidado pela coluna a se manifestar sobre o falecimento de Emília Ferreiro, o MEC enviou nota assinada pela Secretária de Educação Básica, Katia Schweickardt:

"O Ministério da Educação lamenta o falecimento da pesquisadora argentina Emília Ferreiro, referência mundial no campo da alfabetização. Com a "Psicogênese da Língua Escrita", desenvolvida em parceria com Ana Teberosky, Ferreiro revolucionou o modo de descrever e interpretar como as crianças se apropriam da língua escrita, a partir de uma perspectiva construtiva piagetiana. A pesquisadora desenvolveu inúmeros projetos em parceria com universidades brasileiras e com secretarias municipais e estaduais de todo o país, com foco permanente em fortalecer a capacidade da escola pública alfabetizar todas as crianças. Que o legado de Emília Ferreiro continue inspirando a todos, lembrando os educadores e gestores públicos da urgência da garantia do direito humano à alfabetização."

domingo, 27 de agosto de 2023

Como inteligência artificial está ressuscitando estrelas de cinema

  TECNOLOGIA

Como inteligência artificial está ressuscitando estrelas de cinema

Celebridades como James Dean podem ser trazidas de volta à vida como clones digitais graças ao poder da inteligência artificial, mas isso está trazendo à tona questões preocupantes sobre os direitos após a morte.

Quase sete décadas após sua morte, James Dean foi escalado como estrela de um novo filme chamado <em>Back to Eden</em> -  (crédito: Getty Images)"Quase sete décadas após sua morte, James Dean foi escalado como estrela de um novo filme chamado Back to Eden - (crédito: Getty Images)

A maioria dos atores sonha em construir uma carreira que sobreviva mesmo após a morte. Poucos conseguem – o show business pode ser um lugar difícil para obter sucesso. Mas aqueles que conquistam seu objetivo podem alcançar uma espécie de imortalidade nas telas e além delas.

Um dos ícones que conseguiu o feito é o ator de cinema americano James Dean, que morreu em 1955 em um acidente de carro depois de estrelar apenas três filmes, todos muito aclamados.

No entanto, agora, quase sete décadas depois de sua morte, Dean foi escalado como estrela de um novo filme chamado Back to Eden (De volta ao Éden, em tradução livre).

Um clone digital do ator – criado com tecnologia de inteligência artificial semelhante à usada para gerar deepfakes – caminhará, falará e interagirá na tela com outros atores do filme.

A tecnologia está na vanguarda das imagens geradas por computador (CGI) de Hollywood. Mas também é fonte de preocupação para atores e roteiristas que entraram em greve em Hollywood pela primeira vez em 43 anos.

Eles temem ser substituídos por algoritmos de IA – algo que eles argumentam que sacrificará a criatividade em prol do lucro.

A atriz Susan Sarandon está entre aqueles que falaram sobre suas preocupações publicamente, alertando que a IA poderia fazê-la "dizer e fazer coisas sobre as quais não tenho escolha".

A ressurreição digital de Dean não é o primeiro episódio em que atores falecidos aparentemente voltaram à vida na tela com a ajuda de tecnologia digital avançada e uma pitada da magia de Hollywood.

Carrie Fisher, Harold Ramis e Paul Walker são apenas algumas das celebridades notáveis ??que reprisaram papéis icônicos no cinema postumamente. A cantora brasileira Elis Regina também ressuscitou recentemente para um anúncio da Volkswagen, no qual apareceu fazendo dueto com a filha Maria Rita.

Essas aparições na tela representam o que Travis Cloyd, executivo-chefe da agência de mídia imersiva WorldwideXR (WXR), chama de representações de "tela plana passiva, 2D", semelhantes a deepfakes.

Esta é a segunda vez que o clone digital de Dean é escalado para um filme. Em 2019, foi anunciado que ele seria ressuscitado em CGI para um filme chamado Finding Jack (À Procura de Jack, em português), que foi posteriormente cancelado.

Cloyd confirmou à BBC, no entanto, que Dean estrelará Back to Eden, um filme de ficção científica em que "uma visita fora deste mundo para encontrar a verdade leva a uma viagem pela América com a lenda James Dean".

A clonagem digital de Dean também representa uma mudança significativa no que é possível. Seu avatar de IA não apenas poderá desempenhar um papel de tela plana em Back to Eden e em uma série de filmes subsequentes, mas também interagir com o público em plataformas interativas, incluindo realidade aumentada, realidade virtual e jogos.

A tecnologia vai muito além da reconstrução digital passiva ou da tecnologia deepfake que sobrepõe o rosto de uma pessoa ao corpo de outra.

Levanta a perspectiva de os atores – ou qualquer outra pessoa – alcançarem uma espécie de imortalidade que de outra forma teria sido impossível, com carreiras que continuam muito depois de as suas vidas terem terminado.

Mas ela também traz à tona alguns pontos controversos.

Quem detém os direitos sobre o rosto, a voz e a personalidade de alguém após sua morte? Que controle eles podem ter sobre a direção de sua carreira após a morte – um ator que fez seu nome estrelando dramas corajosos poderia de repente aparecer em uma comédia boba ou mesmo em pornografia? E a imagem pode ser usada para anúncios?

E indo ainda além, por que não deixar as celebridades descansarem em paz?

O primo de Dean, Marc Winslow, que passou a infância em uma fazenda em Illinois com o ator, a quem ele carinhosamente chama de Jimmy, afirma que é o inegável apelo de seu primo, que transcende gerações, que o tornam uma escolha atraente para um papel grande no cinema moderno.

"Se há duas ou três pessoas em uma cena, seus olhos vão direto para ele", diz ele.

"Sabe, não acho que alguém será capaz de substituí-los, mas é possível que eles consigam fazer isso na tela e tornar muito realista."

Clones digitais

A imagem de Dean é uma das centenas representadas pela WRX e sua empresa parceira CMG Worldwide – incluindo Amelia Earhart, Bettie Page, Malcolm X e Rosa Parks.

Quando Dean morreu, há 68 anos, ele deixou para trás uma coleção robusta de sua imagem em filmes, fotografias e áudio – o que Cloyd do WRX chama de "material de origem".

Cloyd diz que para obter uma representação realista de Dean, inúmeras imagens são digitalizadas, sintonizadas em alta resolução e processadas por uma equipe de especialistas digitais utilizando tecnologias avançadas.

Adicione áudio, vídeo e IA e, de repente, esses materiais se tornam os blocos de construção de um clone digital que parece, soa, se move e até responde a comandos como Dean.

O que Dean não deixou para trás foi uma pegada digital, ao contrário das celebridades de hoje que se envolvem nas redes sociais, tiram selfies privadas, enviam textos e e-mails, utilizam motores de busca, fazem compras online e compram receitas médicas online.

Essas atividades fornecem enormes quantidades de dados sobre como pensamos e agimos que poderiam ser potencialmente utilizados para transformar um clone digital superficial em um inteligente que pode conversar de forma convincente com os vivos.

Agora existem até empresas que permitem aos usuários fazer upload de dados digitais de entes queridos falecidos para criar "deadbots" que conversam com os vivos do mundo da morte.

Quanto mais material de origem, mais preciso e inteligente será o deadbot, o que significa que os herdeiros das celebridades modernas podem potencialmente permitir que clones convincentes e realistas de seus parentes falecidos continuem trabalhando na indústria cinematográfica – e interagindo de forma quase autônoma – para sempre.

Prevendo uma realidade assim para seu futuro, o ator Tom Hanks falou sobre o tema recentemente em um podcast, chamado Adam Buxton Podcast.

"Eu poderia ser atropelado por um ônibus amanhã e pronto, mas minhas performances podem continuar indefinidamente", disse.

Atores perdendo empregos para os mortos

O comentário de Hanks resume uma preocupação muito real para os atores que temem que a próxima fase da ressurreição humana digital cruze fronteiras éticas, legais e práticas, que podem atingir tanto celebridades como cidadãos comuns.

Os dubladores, em particular, têm liderado a conversa e trabalhado entre associações de atores para formar uma frente unificada pela proteção dos direitos e das carreiras dos atores.

"Para as vozes de Mickey Mouse, Gaguinho, Branca de Neve – cada vez que uma voz morre, um novo ator é contratado para interpretá-la", diz Tim Friedlander, presidente e fundador da National Association of Voice Actors (Nava) nos EUA.

"Mas e se você pudesse usar Mel Blanc [o dublador que deu vida a muitos dos personagens de desenhos animados do Loony Tunes] para sempre?"

Friedlander e seus colegas dubladores temem que esta situação seja iminente e que os dubladores ressuscitados digitalmente monopolizem a indústria de dublagem, eliminando empregos para atores vivos.

"Não há oportunidade para ninguém porque agora eles perderam o emprego para um dublador falecido porque ele é a voz original do Pernalonga, Gaguinho e outros [personagens do Looney Tunes]."

Cloyd reconhece que podem haver menos oportunidades de atuação, mas oferece uma perspectiva de "copo meio cheio".

"No final das contas, isso cria muitos empregos”, diz ele, referindo-se a outros empregos técnicos e na indústria cinematográfica que a tecnologia poderia gerar.

"Portanto, mesmo que isso possa comprometer o papel ou o trabalho de uma pessoa, ao mesmo tempo, está criando centenas de empregos."

Os direitos dos mortos

Se os mortos – ou melhor, seus clones digitais – estão condenados a uma eternidade de trabalho, quem se beneficia financeiramente? E os mortos têm algum direito?

Para simplificar a resposta, as regras são obscuras e, em algumas regiões do mundo, inexistentes.

No Brasil, por exemplo, não há leis específicas sobre direito de imagem, inteligência artificial e pessoas já falecidas.

Após o episódio envolvendo a propaganda com o deepfake de Elis Regina, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) abriu um processo ético para avaliar a peça publicitária, após receber queixas de consumidores. O caso, no entanto, foi arquivado na terça-feira (23/8).

O advogado Erik Kahn, coautor de um artigo sobre os direitos de publicidade post mortem de celebridades para a revista Landslide, da American Bar Association (associação equivalente à OAB no Brasil), diz que cada Estado dos EUA tem uma regra diferente, enquanto alguns não têm nenhuma lei.

Em geral, quando uma celebridade morre, os "direitos à publicidade" passam da celebridade para os parentes mais próximos, ou para a parte a quem foram concedidos esses direitos em testamento.

Mas Kahn diz que, mesmo um testamento, que normalmente ditará quem se beneficiará financeiramente do uso comercial da imagem da celebridade falecida, tem peso legal limitado, uma vez que "não é como um contrato porque é um documento unilateral".

O poder de como a imagem dessa pessoa é usada passa para seu executor vivo. Algumas celebridades, como Robin Williams, conseguiram usar um testamento para limitar o uso de sua imagem após a morte, mas esse limite expira após 25 anos.

Mas as celebridades se beneficiam de uma camada adicional de proteção contra certos tipos de difamação, diz Kahn. Marilyn Monroe, por exemplo, não poderia ser empregada postumamente em um filme pornográfico se seu espólio não aprovasse o uso de sua imagem e semelhança.

Dependendo do Estado dos EUA, o espólio de Monroe pode argumentar que os direitos autorais foram infringidos, que ela foi difamada por declarações falsas que não refletem sua verdadeira reputação e que retratá-la de uma forma prejudicial poderia "interferir em possíveis vantagens comerciais".

Além disso, a Lei Lanham federal serve como uma proteção adicional que protege celebridades falecidas de serem usadas em publicidade falsa ou enganosa e de violação de marca registrada.

Nova York possui a definição mais abrangente de "direito de publicidade" que protege indivíduos falecidos contra a exploração comercial ou uso não autorizado das suas características pessoais.

Mas mesmo em Estados com regulamentações aparentemente rígidas, o direito de publicidade realmente protege o patrimônio do falecido, não necessariamente a pessoa falecida.

"Se sua família quer vendê-lo e você está morto, não há muito que você possa fazer", diz o advogado Pou-I "Bonnie" Lee, de Nova York, coautor do artigo jurídico na Landslide com Kahn.

O que isto significa é que Marilyn Monroe, por exemplo, poderia aparecer postumamente – legalmente – num filme pornográfico se o seu patrimônio consentisse na utilização da sua imagem e semelhança desta forma.

"Se o espólio diz isso, é lamentável, mas acho que pode acontecer", diz Lee.

Uso pessoal e particular

Embora as celebridades mortas contem com algumas proteções vagas em jurisdições específicas quando se trata da exploração comercial da sua imagem e semelhança, os cidadãos comuns podem ter muito menos controle sobre a forma como a sua imagem e legado digital são usados após a morte.

Nos EUA, há pouca legislação que proteja os mortos de serem ressuscitados digitalmente para uso pessoal. Quando você morrer, praticamente qualquer pessoa poderá usar seu legado digital público em um software de IA para criar um deadbot ou um avatar de IA interativo.

Os estados com proteções post mortem mais amplas, como Nova York, proíbem a utilização das identidades dos indivíduos para determinados fins nefastos, mas Lee é céptico sobre a forma como essas proteções são implementadas.

"Em última análise, alguém precisa fazer cumprir isso", diz ele.

Cloyd, Friedlander e Kahn concordam que é necessário que haja legislações implementada mais cedo ou mais tarde para proteger os direitos e legados dos mortos – tanto celebridades como outros.

A tecnologia está avançando em um ritmo rápido e os debates éticos em torno das representações digitais dos mortos já começam a surgir.

Cloyd admite estar inicialmente "um pouco preocupado" com a forma como os mortos estão sendo revividos digitalmente, mas diz estar confiante de que a WXR está sendo proativo e sensível ao lidar com essas questões.

Friedlander também defende ativamente uma legislação que proteja os dubladores de perderem seus trabalhos e espera que o trabalho de Nava ajude as associações de atores em todo o mundo a se organizarem e defenderem oportunidades justas.

Quanto a Winslow, ele admite ter sentimentos confusos ao ver seu primo ressuscitado digitalmente.

"Não sei o que pensar sobre isso", diz ele. "Quero que ele seja respeitado. Ele estava realmente envolvido na atuação, levou isso muito a sério. Eu gostaria que essa mesma imagem fosse projetada.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            S.J. Velasquez - BBC Future

Markão Aborígine grava DVD intimista nas ruas do Riacho Fundo II

Markão Aborígine grava DVD intimista nas ruas do Riacho Fundo II

A gravação, que ocorre neste final de semana, será um momento de celebração e reflexão da música e da literatura, elementos que movem o artista

Markão Aborígene, o Velho Abô, grava o DVD 'Literato marginal' neste final de semana, no Riacho Fundo 2 -  (crédito: Aborígene/Divulgação)Markão Aborígene, o Velho Abô, grava o DVD 'Literato marginal' neste final de semana, no Riacho Fundo 2 - (crédito: Aborígene/Divulgação)
Foto de perfil do autor(a) Daniel Lustosa
Daniel Lustosa*
postado em 26/08/2023 16:33


Neste final de semana, o artista Aborígine celebra os 22 anos de carreira com a gravação do DVD Literato marginal. O evento acontecerá no QC 03, em frente ao Parque Riacho 13, no Riacho Fundo II e conta com participações especiais de Viela 17, Atitude Feminina, Cia In The Hood, Meimei Bastos, Mc Murcego, e Kaliandra.

A gravação será um momento de celebração e reflexão da música e da literatura, elementos que movem Markão Aborígine, o velho Abô. Literato marginal é um dos primeiros shows pós covid-19 que Aborígine conseguiu elaborar, planejar e ensaiar. Em meio a problemas relacionados à pandemia e saúde mental do artista, essa nova obra surge como um novo início na carreira artística, com o mesmo ânimo e utopias de anos atrás, e ainda, é a realização de um sonho pessoal e coletivo.

A gravação do DVD também será um momento de cuidado e de cura ao som de rap. Haverá brinquedos para as crianças, e o velho Abô revitalizará a praça que será o ambiente que abrigará a obra intimista que é o retrato de um artista simples e modesto.

A escolha do local também faz parte do perfil de Aborígine. Quando era morador do Riacho Fundo II, o artista promovia eventos, cineclubes e também articulação com escolas.

Ravena Carmo estuda literatura marginal e irá participar da gravação do DVD como poetisa, além de recitar alguns trechos da pesquisa Vozes e escritos do gueto: Trilhas e trajetórias da literatura marginal no DF, na qual Markão Abô escreveu o prólogo e foi uma das referências do estudo.

“Eu estou bastante contente de participar desse momento histórico com o Markão,” afirma Carmo. “Eu estudo os escritos marginais que ele produz, para mim o Abô é uma das maiores referências das literaturas de rua que existem.”

Serviço

Gravação do DVD Literato marginal
Neste final de semana, na quadra QC 3 do Riacho Fundo II, em frente ao Parque Riacho 13, às 17h.

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

FESTONA - Festival de Teatro Ocupa Novo Ato

 


DIA 08/09

20h - Abertura do Festival



Cia Teatro Kaos    Londrina/PR


Espetáculo: Fim de Partida                  


O espetáculo Fim de Partida surgiu a partir da disciplina de Tradução e Edição do curso de pós graduação de Especialização de Estudos de Teatro da FLUL, advinda dos estudos de Patrice Pavis para adaptação de textos teatrais. O texto é uma recriação de End Game, de Samuel Beckett. Criação, direção e atuação: Edward Fão.


21h- Sarau da Toca com música ao vivo e poesia

 

Local: Teatro Novo Ato

 


DIA 09/09

9 às 12h-A Oficina de Cine Teatro com Aparelho Celular:

Ministrante Jorge Castilho   Gyn/GO

Visa dar suporte para criação de conteúdo audiovisual, faz compreender as diversas fases de produção do audiovisual, ajuda no desenvolvimento de roteiros, a operacionalizar a captação de imagens e som e no uso de ferramentas de edição disponíveis e gratuitas para edição e montagem do audiovisual.


17h- Grupo Gene Insano      Araruama/RJ

Espetáculo infantil: Era Uma Vez... Quem Quiser Que Conte Três

Três fábulas infantis: A festa no Céu, o Patinho feio e a Cigarra e a Formiga são contadas através da técnica de narrador personagem com muita música ao vivo e integração com a plateia. Elenco: Agatha Hillary, Leonardo Gall, Marcelo Ouriques, Nathalia Branco. Texto e Direção Anilia Francisca

Local: Praça Vicente Sanches (Criméia leste)

 

20hs-Companhia Evoé Teatro    Lisboa/PT

Espetáculo: Ílion ou a Morte de Heitor com Pablo Fernando

Nesta abordagem da Ilíada, revisitamos as origens da condição humana na pólis e constatamos que pouco mudou na mesma. A busca pelo amor, pela felicidade, pela gloria e aventuras em oposição ao conforto e segurança do lar e das regras e protocolos estabelecidos. Observaremos uma guerra que se iniciou em um rompante de amor e já dura nove anos e o ser humano existindo, sonhando e atuando enquanto o drama se desenrola.

Local Teatro Novo Ato

 

DIA 10/09

15 às 17h- Oficina Treino no Teatro Físico e as Narrativas do Corpo

Ministrante: Pablo Fernando     Lisboa/ PT

A proposta deste workshop é a utilização do jogo em seu potencial narrativo/dramatúrgico usando uma releitura de jogos tradicionais sob uma visão aristotélica. O objetivo é iluminar conceitos como “unidade de ação”, “peripécia”, “reconhecimento” e muitos outros dispostos na Poética, de modo que o aluno possa reconhecê-los na leitura simbólica do jogo e utilizá-los na construção/criação do próprio jogo.

Local Teatro Novo Ato

 

17h- Grupo Gene Insano      Araruama/RJ

Espetáculo infantil: Por que o Porquê é Por Que?

Luisa é uma menina muito perguntadora e tudo quer saber. Só que essa sua característica incomoda as pessoas principalmente quando isso envolve quebra de tabus. De tão perguntadora que é, ela se torna uma menina solitária, até que conhece CLARA, uma menina da sua idade que SABE TODAS as respostas para suas intermináveis perguntas. E mesmo quando a Clara não sabe... ela INVENTA, e cria as respostas mais legais do mundo. Um dia, Luisa faz a pergunta chave da sua vida: a origem dos seus porquês. Para essa resposta, é necessário que as crianças vivam uma emocionante aventura fora do condomínio onde moram, transformando para sempre suas vidas! Com Agatha Hillary, Leonardo Gall, Marcelo Ouriquese Cris Simões

 

Local Teatro Novo Ato

 

19h- Cia Mauri de Castro - Goiânia/GO

Espetáculo comédia “As Várias Faces do Humor”


Espetáculo que desfila para a plateia os diversos tipos de humor: o do objeto, o do engano, o da troca de identidade, de personagem, de situação e outros. Uma verdadeira terapia para limpar os humores do corpo, em seu sentido original, desopilando o fígado do público sisudo e despertando as mentes para o fato de que o riso prolonga a vida. Diretor e iluminador: Jefferson Lobato. Atores: Eurípedes de Oliveira e Mauri de Castro

Local Teatro Novo Ato

 

DIA 11/09

8 às 9h- Intervenção Troupe Drao  Osasco/SP

com Leandro Lima, Yuri Estevam e Newton Tavares Junior

 

Músicas, poesias e teatro

 

Local: CMEI José Alves Batista

 

15 às 17h- Oficina de Teatro para crianças e adolescentes

Ministrante: Luzia Mello   Gyn /GO

Baseada em experiências práticas e metodológicas próprias, será efetivada com a utilização de textos extraídos de obras ou produzidos pelos participantes. Consiste em duas horas ininterruptas de aula, resultando na capacitação para finalizar a imersão vivenciada e exercitada.

Local: Colégio Estadual Olga Mansur

 

20h- Grupo de Theatro Arte e Fogo   Goiânia/GO

Espetáculo Teatro, Poesia, humor e Vida”

O espetáculo trata da poesia como expressão da vida em todas as suas nuances. Apresenta textos de Pio Vargas, Mário Quintana, Barale Neto, Camões...entrelaçando as expressões poética e teatral. Direção e concepção cenográfica: Delgado Filho. Elenco: Adriana Vieira, Semio Carlos. Confecção de Cenografia: Delgado Filho

 

Local Teatro Novo Ato

 

DIA 12/09

10h- Bate- Papo com os participantes do Festival

(Teatro, Perspectivas e Concepções dos coletivos)

12h15 Show acústico na varanda (pout pourri com os artistas músicos do festival)

Local: Teatro SESC Centro

 

15 às 17h- Oficina A Construção da Teatralidade

Ministrante:  Edward Fão  (Londrina/ PR)

Público Alvo: Atores, dançarinos e estudantes de Artes Cênicas

Conteúdo: Criação e construção da personagem e da encenação a partir do estudo prático da teatralidade e dos elementos básicos da representação. Programa Treinamento corporal e vocal | jogos lúdicos | estudo teórico | Construção da personagem | Construção da representação | Construção da cenografia | Construção do figurino | Concepção e criação da paisagem sonora e design de iluminação | Produção | Apresentação final

Local Teatro Novo Ato

 

20h- Teatro Salvage     Mar del Plata/AR

Espetáculo: Rojo es el sonido de tus huellas

O espetáculo é uma tessitura dos acontecimentos desde a colonização do continente americano pela monarquia espanhola e o genocídio dos povos originais até o nascimento da Argentina como nação independente em sua constituição territorial definitiva. Ator: Fernando Raúl Osuna. Assistente de direção: María Sol Flores, Espaço cênico, dramaturgia, montagem e direção: Lucas Pablo Capurro. Textos: Lucas Pablo Capurro

 

Local Teatro Novo Ato

 

DIA 13/09

9 às 11hs -Oficina “A Construção da Teatralidade”

Ministrante:  Edward Fão     Londrina/ PR

 

Público Alvo: Atores, dançarinos e estudantes de Artes Cênicas

Conteúdo: Criação e construção da personagem e da encenação a partir do estudo prático da teatralidade e dos elementos básicos da representação. Programa Treinamento corporal e vocal | jogos lúdicos | estudo teórico | Construção da personagem | Construção da representação | Construção da cenografia | Construção do figurino | Concepção e criação da paisagem sonora e design de iluminação | Produção | Apresentação final

Local Teatro Novo Ato

 

15 às 18h- Oficina O Teatro enquanto arte e seus reflexos na vida cotidiana

Ministrante: Danilo Alencar  Gyn/GO

Público Alvo: Livre

O objetivo desta oficina é conscientizar os participantes da importância do teatro como veículo transformador do mundo contemporâneo. Serão trabalhados mecanismos teóricos e exercícios teatrais como improviso, trabalhos corporais, jogos e performances.

Local: Teatro Novo Ato

 

20h- Troupe Drão  Osasco/SP

Espetáculo A Fantástica Novela do Pirotécnico Zacarias.

Zacarias é atropelado por um grupo de jovens que estão a caminho de uma festa. Durante a discussão do grupo sobre o que fazer com o seu corpo, o morto reage e também quer ser ouvido. Ao relatar sua relação com a morte e seu atropelamento, tece reflexões sobre sua situação de morto-vivo, tentando descobrir em qual condição encontra-se. O espetáculo tragicômico é estruturado nas partituras corporais e vocais dos performers, amplia seus horizontes ao apropriar-se de várias linguagens como a música, o circo, a dança e as artes plásticas. Buscando a integração e a comunicação direta, encontra uma transmissão de significados que provocam uma efervescência de ideias, sensações e reflexões no público, este que, através da interação, torna-se personagem da narrativa.

 

Local Teatro Novo Ato

DIA 14/09

9 às 11h- Intervenção Troupe Drão   Osasco/SP

com Leandro Lima, Yuri Estevam e Newton Tavares Junior

Com músicas, poesias e teatro

 

Local: Abrigo de Idosos Nossa Senhora Perpetuo Socorro  

 

14 às 18h- Oficina do Riso

Ministrante: Thiago Moura  Gyn/GO

Público alvo: Livre

Propõe uma jornada para a autenticidade cômica, mergulhando na palhaçaria e nos princípios da comicidade. Espaço de segurança para baixarmos as máscaras sociais e descobrirmos nossa própria verdade. Vamos explorar as várias facetas de nossas personalidades, emoções e verdades cênicas. Praticaremos a escuta genuína, em técnicas de improvisações solo, em dupla e em trios. Exploraremos as máscaras cênicas, teatro físico e mímica contemporânea.

Local: FETEG (Federação de Teatro de Goiás)

 

20h-Teatro Salvaje   Mar dell Plata /AR

Espetáculo Cuentos Argentinos

Este espetáculo apresenta uma breve antologia de contos argentinos, todos diferentes entre si em forma e estilo. Juntos, apresentam uma ampla sátira política e social de diversos segmentos da sociedade. Cuentos de Bernardo Kordon: La última huelga de los basureros, Adolfo Bioy Casares: El último piso e Júlio Cortázar: Conducta en los velorios, Com Fernando Osuna e Lucas Capurro. Espaço cênico, dramaturgia, montagem e direção: Lucas Capurro

 

Local Teatro Novo Ato

 

DIA 15/09

14 às 16h- Oficina “A Construção da Teatralidade”

Ministrante:  Edward Fão     Londrina/ PR

 

Público Alvo: Atores, dançarinos e estudantes de Artes Cênicas

Conteúdo: Criação e construção da personagem e da encenação a partir do estudo prático da teatralidade e dos elementos básicos da representação. Programa Treinamento corporal e vocal | jogos lúdicos | estudo teórico | Construção da personagem | Construção da representação | Construção da cenografia | Construção do figurino | Concepção e criação da paisagem sonora e design de iluminação | Produção | Apresentação final

Local: Colégio Olga Mansur

 

19h- Grupo Guará     Goiânia/GO

Espetáculo:  Amor por Anexins

Comédia de costumes, conta a história de Isaías, um senhor que está louco para casar e de Inês, viúva e costureira por profissão. Ele escreve cartas para ela contando suas intenções e espera ansioso por uma resposta. O espetáculo se desenvolve através de um elaborado jogo de palavras e ditados populares. Atores: Rui Bordalo, Helena Moraes, Bruno Cândido. Direção e iluminação: Samuel Baldani.

 

Local: Teatro Novo Ato

 

20h- Grupo Veraneio de Teatro   Goiânia/GO

Espetáculo Ser-tão de Fé e Guerra

Espetáculo baseado nos filmes Luneta do Tempo, Antônio das Mortes e Deus e o Diabo na Terra do Sol, trata da saga das mazelas do povo nordestino brasileiro. Direção: Sharles Gomes. Elenco: Eduardo Paiva, Karina Duarte, Felipe Nazário, Kethlen Pardo, Delícia, Guimarães, Matheus Rosa e Vinícius Mesquita. Produção: Amanda Letícia e Fernando Diniz

Local: Teatro Novo Ato

 

DIA 16/09

9 às 11h- Oficina Vivência em contação de histórias

Ministrante: Jéssica Hander   Gyn/GO

Público alvo: Artistas profissionais  ou amadores, estudantes de arte  maiores de 15 anos .

Esta oficina é uma vivência prática no mundo da contação de histórias e foi especialmente planejada para artistas e estudantes de arte. Ao longo da oficina, exploraremos o fascinante mundo da contação de histórias, mergulhando na integração da música, dos jogos populares e teatrais. Junte-se a nós nesta enriquecedora jornada pelo mundo das histórias.

Local Teatro Novo Ato

 

 

18h- Coletivo Tonos   Goiânia/GO

Espetáculo Mundo de Clarisse

Uma aventura aquática que nasce dos sonhos de uma menina criativa e das peripécias vividas com seus brinquedos. Nessa jornada, ela receberá uma grande missão que, para cumprir, precisará navegar por águas de um universo fantástico onde tudo é possível. O divertido enredo entrelaça reflexões lúdicas sobre os valores da amizade, imaginação na primeira infância e respeito ao meio-ambiente. Atores: Kathleen Gonçalves, Catarina Vilela, Jarlene Pinhiro, Luana Katielly, Mel Gonçalves, Roberta Machado e Rui Bordalo.

Local Teatro Novo Ato

 

20h-Cia Flor do Cerrado   Trindade/GO

Espetáculo: Velório à Brasileira

Comédia de costumes, mostra o velório de um funcionário de repartição, rodeado de pessoas com as quais conviveu durante a sua vida e que se mostram nem um pouco comovidas com a situação. Ao contrário, se interessam em tirar proveito dela, já que o falecido acabou de ganhar na Mega Sena, porém, ninguém sabe onde guardou o bilhete... O texto questiona de forma engraçada e inteligente a pequenez humana, a inversão de valores, os princípios morais que vão até onde o dinheiro aparece. Atores:  Juliana Martins, Vinícius Queiroz, Sandra Clecys, Danilo Felipe, Netho Shutz, Luana Alves e Danilo Alves. Iluminação: Everson Alcântara. Produção: Hélio Martins

 

DIA 17/09

9 às 11h- Oficina A Construção da Teatralidade

Ministrante:  Edward Fão  (Londrina/ PR)

 

Público Alvo: Atores, dançarinos e estudantes de Artes Cênicas

Conteúdo: Criação e construção da personagem e da encenação a partir do estudo prático da teatralidade e dos elementos básicos da representação. Programa Treinamento corporal e vocal | jogos lúdicos | estudo teórico | Construção da personagem | Construção da representação | Construção da cenografia | Construção do figurino | Concepção e criação da paisagem sonora e design de iluminação | Produção | Apresentação final

Local: Teatro Novo Ato

 

17h-Grupo Sol de Teatro   Araguari/MG

Espetáculo Proteger Vale a Pena

O espetáculo fala de amor, respeito e proteção aos animais de forma leve, lúdica e criativa. Trata da história de três animais transformados em fantoches pela bruxa Zaira Siriema, que quer prender todos os animais em jaulas e poluir o mundo. Mas Beto, um garoto corajoso, vem atrapalhar seus planos ao encontrar a Rosa de Cristal da Gaiola dourada, objeto com poderes de destruir todos os feitos maléficos bruxa. A público aprenderá a cuidar dos animais e receberá uma revista sobre os cuidados necessários para uma adoção responsável. Elenco e técnica: Nassim Guerra, Lídia Soares, Mírian Cristine, Célio Souza, Dani Jaine, Sam Souza, Julia Gutierrez, Letícia Araújo e Maria Flor(criança).

Local: Teatro Novo Ato

 

19h- Grupo LaborSatori   Goiânia/GO

Espetáculo   Uivos do Ipiranga

A peça é um mergulho farsesco ancorado numa ficção cômico-futurista que retrata as rachaduras no nosso tecido social. Utilizando o lema da bandeira brasileira como leitmotiv, explora os subterrâneos do fascismo contemporâneo estruturado do tripé moral- pátria- espiritualidade, tripé este que busca destruir ao se proclamar seu defensor. Um riso nervoso sobre a realidade contemporânea do Brasil e do mundo. Visualmente, faz uso de recursos audiovisuais e de uma poética minimalista ancorada em objetos desgastados/destruídos e ambientação impessoal que remete à ideia de uma sala de tortura de localização indeterminada. Atores: Adriane Lima, Pedro Paulo Galdino e Zé Beto. Iluminação: Marcus Pantaleão. Produção: Ravan Lobo. Direção e dramaturgia: Alexandre Nunes

 

Local: Teatro Novo Ato

 

20h--Show de encerramento com Halex Frederico  Gyn/GO

Com músicas do repertório popular

Local: Teatro Novo Ato