quarta-feira, 25 de março de 2015

Estudantes da rede pública do DF aprendem técnicas de animação e cinema

Coletivo Ora Bolas ensina crianças e adolescentes a produzirem histórias com brinquedos de criação da sétima arte. Projeto gratuito é patrocinado pelo FAC
Arqueologia da Animação, projeto produzido pelo Coletivo Ora Bolas, abrirá o fabuloso mundo do cinema e da animação aos estudantes da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal. Por meio de uma exposição itinerante e da confecção de brinquedos ópticos, a ideia é mostrar a eles algumas das técnicas de animação e como isso influi nas produções atuais. Tudo de graça e nas próprias instituições de ensino e em espaços públicos como o Zoológico de Brasília.
O projeto vai passar por escolas públicas do Distrito Federal, sendo algumas nas áreas rurais. A duração das visitas e das oficinas acontece de acordo com a disponibilidade das instituições. As escolas interessadas em receber o projeto devem entrar em contato com o Ora Bolas pelo e-mail o.b.orabolas@gmail.com ou arqueologiadaanimacao@gmail.com.
“Queremos levar a experiência do cinema para dentro das escolas como forma dinâmica de aprendizado para os estudantes”, conta Raquel Piantino, uma das idealizadoras do projeto. “Ao conhecerem a história da animação, eles poderão criar seus próprios brinquedos óticos e compartilhar o que aprenderam com outras pessoas, disseminando a arte entre seus amigos e familiares.”
Criação - Na exposição, os estudantes terão a oportunidade de conhecer a história do cinema e da animação por meio das réplicas dos dispositivos ópticos. Já nas oficinas os próprios estudantes poderão recriar os objetos.
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Entre os brinquedos que serão ensinados está o taumátropo. Trata-se de um pequeno disco com um desenho na frente e outro invertido no verso, preso por duas cordas amarradas uma em cada borda. Quando torcidas e esticadas, fazem o disco girar rapidamente transformando as duas imagens em uma, dando a impressão de movimento.
Outro dispositivo que será confeccionado é o estroboscópio. Ele também é composto por um disco, mas com imagens pintadas em sequencia em torno do eixo, visto pelas frestas através do espelho que, ao ser girado, dá vida aos desenhos.
Provavelmente um dos mais populares, o flip book também será apresentado às crianças e adolescentes. Conhecido como livro mágico, trata-se de fotos ou desenhos sequencias dispostos um cada página. Passando rapidamente com as mãos é possível criar dinamismo nas imagens.
Professores e estudantes também receberão o material didático desenvolvido especialmente para o projeto. Lá eles encontrarão detalhes da exposição e instruções de como fazer os brinquedos. O projeto é realizado com patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura do Distrito Federal. Está prevista ainda a produção de um vídeo para mostrar como foi a experiência com os estudantes.
Coletivo – O Ora Bolas é um coletivo de criação comprometido com a realização de projetos independentes, autorais e livremente educativos. Ele se aproxima de organizações que entendem o trabalho como meio de promover a transformação social por meio da difusão da arte em oposição às atividades humanas predatórias.
Composto pelas desenhistas e animadoras Raquel Piantino e Julia Libânio, e pela jornalista e escritora Tamara Costa, o grupo finalizou, em 2013, o curta de animação Encantadores de Histórias. O filme recebeu Menção Honrosa na 12ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis e circulou por diversos festivais do país. O trabalho foi todo feito manualmente: colorido e animado com papel, canetas, tintas e recursos gráficos apenas na finalização. Para assistir basta clicar aquiou no site do Filmes que Voam, do qual faz parte do acervo.
Serviço
Arqueologia da Animação – exposição itinerante por escolas públicas do Distrito Federal
Onde: Escolas da rede pública de ensino do DF e espaços públicos da cidade
Quando: até julho de 2015
Caso queira acompanhar uma das oficinas, basta entrar em contato. 

sexta-feira, 20 de março de 2015


20 DE MARÇO, DIA DO CONTADOR DE HISTÓRIAS

 

HOMENAGEM

Contadores de histórias cativam crianças e estimulam a leitura

Sexta-feira, 20 de março de 2015 - 13:37
A professora Nyedja usa histórias infantis para levar as crianças ao mundo dos livros (Foto: João Neto/MEC) “Vamos fazer uma viagem sem sair do lugar, numa virada de páginas?”, convida a professora de vestido colorido e com fantoches na mão. As crianças estão sentadas diante dela, no palco improvisado na própria sala de aula da Escola Classe 2 da Ceilândia. “Esta história, que vou contar, começa com um sapo sabido que queria ir à festa no céu, mas não tinha asas...”, prossegue a professora Nyedja Gennari, que faz uso de diferentes tons de voz para dar vida à narrativa. Enzo, Paulo Henrique, Matheus, Júlia e outras 25 crianças de cinco anos ouvem atentas, paralisadas pelo encanto da arte de contar histórias, comemorada em 20 de março.
Com 22 anos de experiência em sala de aula, Nyedja Gennari desde o início da carreira no magistério apropria-se das histórias infantis para cativar crianças e adultos e levá-los ao mundo dos livros. “À noite, alfabetizo os meus alunos adultos contando histórias”, diz a professora que utiliza, na sua arte como contadora de histórias, obras do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), do Ministério da Educação. Até o fim do próximo mês, 19 milhões de livros de literatura comprados em 2014 terão sido entregues a 140 mil escolas públicas.
A história contada pela professora Nyedja está no livro Festa no céu, que consta nos acervos de literatura adquiridos pelo PNBE. Ana Carolina Souza Luttner, coordenadora do Livro no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), explica que os acervos destinam-se a alunos da educação infantil ao ensino médio, inclusive na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). “É objetivo do PNBE democratizar o acesso a fontes de informação e à cultura. Sabemos que muitos alunos não teriam acesso à leitura se os livros não chegassem à escola”, afirma a coordenadora.
Em Itapagipe (MG), Marli Pereira da Silva Morais, professora do quarto ano do ensino fundamental na Escola Municipal Gil Brasileiro da Silva, também utiliza obras do PNBE para incentivar a leitura. Só que em vez de contar histórias, ela transforma os alunos em contadores das histórias que leem. No ano passado, ela foi uma das vencedoras do Prêmio Professores do Brasil, com o projeto Mala Viajante. Por sorteio, um aluno da sala recebia o figurino para se caracterizar de Charles Chaplin e saía vestido assim no caminho até casa, levando, numa mão, a bengala e, na outra, a mala contendo de cinco a sete livros para ler com a família e os vizinhos.
A arte de contar histórias, comemorada em 20 de março, encanta as crianças (Foto: João Neto/MEC)O projeto deu tão certo que rendeu outros. Por exemplo, a iniciativa em que os avós e os pais dos alunos tornaram-se contadores de histórias reais, tanto deles quanto das crianças. Este ano, a professora decidiu inovar o projeto da leitura. “A ideia é aproveitar a nossa malinha de livros para criar uma trupe da leitura. Uma vez por semana, um grupo de alunos visitará uma creche para contar histórias às crianças menores, que ainda não aprenderam a ler”, explica Marli.
No final, o sapo sabido, mesmo sem asas, conseguiu um jeito de entrar na festa do céu. E, nesta sexta-feira, 20 de março, dia em que essa atividade é homenageada, a professora contadora dessa história, Nyedja Gennari, viaja para a Colômbia. Será a representante brasileira num evento internacional. Na bagagem, um café bem brasileiro, mas essa é outra história...
Rovênia Amorim
Palavras-chave: educação básica, contadores de histórias

#DiadoContadordeHistórias é comemorado em 20 de março desde o ano de 1991. Mas a contação de histórias existe há muito tempo, antes mesmo de surgir a escrita. Era através dos contos e causos que os adultos passavam seus conhecimentos e cultura para seus filhos ou se divertiam em boas rodas de conversas com os amigos e comunidade. Podemos dizer que a evolução da humanidade está diretamente ligada à arte de contar histórias.

Foto: João Neto/MEC
Arte: Mário Chesini/MEC


quarta-feira, 4 de março de 2015


Projeto "Cia do Solo - Histórias Escolhidas a Dedo" acontece em 10 Bibliotecas Municipais do Rio de Janeiro

Jornal do Brasil

A Cia do Solo, formada pelos artistas Gabriel Sant'Anna e Martha Paiva, inicia em março seu mais novo projeto: "Cia do Solo - Histórias Escolhidas a Dedo", que vai apresentar em dez bibliotecas municipais espetáculos de contação de histórias com um repertório que inclui lendas indígenas, fábulas africanas, contos brasileiros, europeus e orientais, além de textos de escritores nacionais como Ricardo Azevedo e Sérgio Caparelli.
O objetivo do projeto é divulgar a arte de contar histórias que é uma das mais antigas manifestações culturais presente em todos os povos, e assim demonstrar a sua relevância na arte e na educação ao ser capaz de proporcionar, a qualquer pessoa, independente de idade, o prazer de presenciar uma performance narrativa, além de despertar o interesse e o gosto para a leitura de um bom livro.
Os espetáculos serão apresentados em dois turnos (manhã e tarde) em dez bibliotecas municipais da cidade (ver lista completa abaixo), com entrada franca e aberto ao público em geral.
Os espetáculos
Os espetáculos serão apresentados com a utilização de diversos recursos como a linguagem do palhaço, a pantomina, a comicidade, música ao vivo, a manipulação de bonecos e o uso de adereços diversos. O grupo se vale da linguagem do palhaço e da pantomina que contribuem com o texto ampliando as possibilidades narrativas, a fim de ilustrar e fazer o público interagir com as histórias estimulando a participação da plateia.
Entre as histórias que serão apresentadas podemos destacar os contos tradicionais brasileiros e as lendas indígenas; as histórias de Zé Macaco, conto popular do livro "Contos de bichos do mato", de Ricardo Azevedo e algumas das "30 fábulas contemporâneas para crianças", do escritor Sérgio Caparelli; além de contos europeus, orientais, africanos e fábulas de Esopo.
Contos, lendas e fábulas
Contos tradicionais brasileiros - Serão três contos: "A mãe de São Pedro" e "Quem tudo quer, tudo perde", de Luís da Câmara Cascudo, "A raposa e o homem", de Monteiro Lobato e "A gente que ia buscar o dia", de Basílio de Magalhães;
Lendas indígenas - Lendas que são contadas de Norte a Sul do país como "A lenda do Uirapuru" e "A lenda do João de Barro";
Contos, lendas e fábulas do mundo - "O velho e o seu neto", do dinamarquês Hans Christian Andersen, a lenda francesa "A linha mágica", a história chinesa "A lenda do dragão dourado" e três contos que abordam a transcendência e os valores espirituais, o conto judaico "O quebrador de pedras", os japoneses "Hurashima e a tartaruga" e "O monge e o escorpião", além das fábulas africanas que falam sobre as origens e o comportamento dos animais como "Por que a girafa não tem voz?", "O macaco e o coelho" e "A princesa que não falava". E por fim, três fábulas do grego Esopo que tratam da natureza humana: "O sapo e o boi", "O galo e a raposa" e "O homem, seu filho e o burro".
Serviço:
Projeto "Cia. do Solo - Histórias Escolhidas a Dedo" - com a Cia do Solo, formada pelos artistas Gabriel Sant'Anna e Martha Paiva. Contação de histórias sobre lendas indígenas, contos europeus, orientais, africanos e brasileiros e fábulas de Esopo, utilizando linguagem de palhaço, pantomina, música, bonecos manipulados e adereços.
Local: Bibliotecas Municipais
Horário: Às 10h e às 14h
Em março: dias 12/3 (Ilha do Governador), 26/3 (Irajá) e 27/3 (Tijuca)
Em abril: 1/4 (Botafogo), 2/4 (Santa Teresa), 8/4 (Campo Grande), 9/4 (Gamboa), 10/4 (Cidade Nova), 29/4 (Maré) e 30/4 (Jacarepaguá)
Entrada Franca - Censura livre
Veja a programação completa em: