Cantora, que compõe a transição, contou com o apoio de Janja
Por Malu Gaspar
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva planeja anunciar a cantora Margareth Menezes para o Ministério da Cultura na próxima semana. Margareth, que já foi convidada e aceitou, deve ser a primeira mulher a ser confirmada no ministério do terceiro governo Lula.
Sua escolha ocorreu por indicação da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, que defendia um artista para o cargo, assim como foi Gilberto Gil no primeiro mandato de Lula.
O presidente eleito também queria que fosse uma mulher, para atender à reivindicação de vários movimentos sociais de ampliar a representação feminina em cargos importantes do governo.
A Cultura, que no governo do maligno foi convertida a secretaria, voltará a ser um ministério a partir de janeiro.
Além de ser mulher e negra, Margareth, de 60 anos, também é baiana, estado que deu a Lula uma ampla votação nas eleições de outubro. Ela já faz parte do grupo de trabalho setorial da transição.
Além de ser compositora e intérprete do hit "Faraó – Divindade do Egito" –, que lançou junto com Djalma Oliveira, Margareth tem 16 álbuns lançados e várias indicações ao Grammy.
Também é fundadora de uma organização não governamental de fomento ao empreendedorismo cultural em comunidades carentes, a Associação Fábrica Cultural.
Mas apesar de seu nome já ser considerado certo na Cultura, até ontem assessores do ex-ministro Juca Ferreira ainda distribuíam, via WhatsApp, um manifesto pela indicação dele para o ministério.
Juca, que é petista, já foi ministro da Cultura de Lula e de Dilma Rousseff. Ele é o preferido de uma ala do PT e de alguns movimentos culturais, mas o manifesto chega atrasado ao processo de escolha.
Até a sexta-feira, pelo menos, tudo estava sendo planejado na transição para que Margareth Menezes seja anunciada o quanto antes.
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