terça-feira, 5 de julho de 2011

Lixo em Ceilândia é um chamado à hantavirose


  • Jornal de Brasília

    CidadesLoteamento Sol Nascente sofre com a falta de saneamento básico e educação das famílias da comunidadeA falta de saneamento básico no loteamento Sol Nascente, em Ceilândia, pode acarretar aos três mil moradores uma série de doenças, entre elas a hantavirose. Os problemas, porém, não se resumem à falta de rede de esgoto e água tratada. O acúmulo de lixo nas portas das casas, a 5 km do Núcleo Rural Boa Esperança - onde morreu, contaminada, a estudante Irene Rosa de Jesus - é um perigo em potencial para a proliferação dos ratos silvestres.As famílias acumulam o lixo diário justamente nos locais onde brincam as crianças da comunidade. Segundo o prefeito comunitário Josias de Castro, novas caçambas de lixo ajudariam a diminuir a chance de contaminação. 'Estamos aconselhando os moradores a manter terrenos limpos. Com esse surto de hantavirose, todo cuidado é pouco.'Segundo Josias, as ruas são infestadas de ratos. Basta esperar anoitecer para assistir a um 'passeio' dos roedores. 'Todas as noites eu vejo e escuto os ratos correndo e brigando por comida. Alguns são enormes, consegui até bater fotos dos maiores', conta.Para o pedreiro Luzoílton Alves da Silva, 37 anos, o perigo é dobrado durante a noite. Ele conta que os roedores ficam ousados na escuridão. 'Já flagrei um derrubando a tampa de uma panela que estava debaixo da pia', relata.Para evitar os 'visitantes indesejados' que invadem as casas do local durante a madrugada, moradores desenvolveram um método alternativo: criar de cinco a seis gatos no terreno. 'Como tenho três filhos, e alguns ainda são pequenos, fico com medo de espalhar veneno. Os gatos estão fazendo um ótimo trabalho. Há semanas não vejo um rato aqui', brinca a doméstica, Edilene Alves da Silva.Os moradores contam que um caminhão da Belacap passa a cada três dias para recolher o lixo na área, o que, segundo eles, ainda é pouco. 'A periodicidade da coleta deveria ser maior. Os caminhões deveriam passar pelo menos a cada dois dias, principalmente pela rotina de medo que estamos vivendo em razão da hantavirose', completa o prefeito comunitário.

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