sábado, 5 de janeiro de 2013

Jovens autores ainda acreditam no livro impresso e se destacam no mercado

Diego Ponce de Leon
Publicação: 05/01/2013 07:00 correioweb

'Não existe um segredo exato, mas tudo gira em torno do potencial da sua obra e do seu trabalho. Este é o ponto que determina se seu livro será publicado' Victhor Fabiano, estudante e escritor  (Arquivo Pessoal )
"Não existe um segredo exato, mas tudo gira em torno do potencial da sua obra e do seu trabalho. Este é o ponto que determina se seu livro será publicado" Victhor Fabiano, estudante e escritor


O poeta francês Arthur Rimbaud começou a escrever aos 17 anos. Parou aos 20. “Com 19, produziu a obra-prima Uma estação no inferno”, ratifica o escritor Ferreira Gullar, expoente máximo da poesia brasileira. Foi com a mesma idade que o próprio Gullar lançou o primeiro livro (Um pouco acima do chão, de 1949), uma coleção de poesias. “Tive que financiá-lo com a ajuda da minha mãe. Todos começaram assim. O Drummond só deixou de bancar os livros com mais de 40. Para imprimir o primeiro, pediu ajuda da gráfica do órgão público onde trabalhava e teve desconto no salário por anos”, revela.

Quem recorreu ao mesmo artifício foi o brasiliense Daniel Spíndola Ribeiro, 22 anos, que acaba de lançar O sangue da tua tinta. “Tive sorte de encontrar uma editora interessada no que escrevi e ainda mais sorte em possuir condições para financiar meu próprio livro”, conta. Daniel faz parte de um grupo de escritores precoces que não abre mão do livro impresso. Eles batalharam pela publicação e, agora, colhem os frutos.

 (MONTAGEM)

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