domingo, 11 de setembro de 2022

É ÓBVIO QUE VOTAREI NO LULA

É ÓBVIO QUE VOTAREI NO LULA

Bruno Gagliasso sobre sexo com Giovanna Ewbank depois de 12 anos de casamento: 'Tem que rebolar'
O ator Bruno Gagliasso Marcus Sabah 
Bruno Gagliasso no Rancho da Montanha — Foto: Marcus Sabah

Em duas horas de entrevista presencial no apartamento de seu assessor, em Botafogo, o ator Bruno Gagliasso falou sobre todos os assuntos sem desviar os olhos azuis de sua interlocutora. Além de ter opiniões transparentes e contundentes, também está 100% inteiro como marido de Giovanna Ewbank, pai de Títi, Bless e Zyan, ser político e, claro, ator. Em entrevista exclusiva, ele falou sobre o protagonismo de Giovanna no crime de racismo contra os filhos, Títi e Bless, em Portugal: "Estava ali como cúmplice e parceiro, não deixando ninguém se meter, minha função era essa". Ele também fala abertamente sobre o afastamento do irmão, Thiago, traição e da separação da atriz e apresentadora em 2012, e sexo depois de 12 anos de casamento. "Tem que rebolar. Quando as crianças estão na casa da avó, dá para fazer uma bagunça".

Mais uma prova dessa entrega incondicional aos personagens está na superprodução espanhola “Santo”, da Netflix, gravada entre o Brasil e a Espanha, que estreia sexta-feira. Com esse trabalho, Bruno entra no seleto rol de atores brasileiros que trilham carreira internacional, do qual também fazem parte Wagner Moura e Rodrigo Santoro.

A seguir os melhores trechos da entrevista em que Bruno fala sobre a série, luta antirracista, a oposição ao governo Bolsonaro, o afastamento do irmão, casamento, filhos e sonhos realizados, como a construção do Rancho da Montanha, onde planta o futuro.

Você disse que o Cardona de "Santo" o levou a lugares que jamais pensou em ir. Lembrando que você interpretou o delegado Lúcio de "Marighella", um torturador. Que lugares foram esses?

Um lugar pesado, física e mentalmente. Perdi 16 quilos em três meses, deixei unhas e barba crescerem. Levo o personagem para a casa, convivo com ele, tiro de dentro, não consigo buscar fora. É visceral. A trama de “Santo” é um quebra-cabeça que meu personagem vai desvendando. É uma série forte, que beira o horror, tem ação, suspense e drama.

Você costuma dizer que quem não se posiciona politicamente já está se posicionando. Em momento pré-eleição, essa postura fica ainda mais nítida?

O momento diz tudo. Não ser oposição hoje é compactuar com o que está acontecendo. Estamos no limite da imoralidade. Chega uma hora em que é necessário externalizar a opinião, principalmente pessoas que influenciam. Nunca a arte foi tão massacrada como nesses quatro anos. Aí vem artista declarando que não fala sobre política, que papo é esse? Acho hipocrisia, é desmerecer a inteligência alheia não se pronunciar porque fica evidente o posicionamento. É óbvio que votarei no Lula.

Bruno Gagliasso no Rancho da Montanha — Foto: Marcus Sabah

Bruno Gagliasso no Rancho da Montanha — Foto: Marcus Sabah

Em Portugal, quando seus filhos foram vítimas de racismo, você pensou em deter a Giovanna?

Minha mulher estava reagindo a uma agressão aos meus filhos, a quem estava no restaurante, a ela, como mãe, e a mim, como ser humano e pai. Não se pode confundir a agressão do opressor com a reação de quem foi oprimido. Estava ali como cúmplice e parceiro, não deixando ninguém se meter, minha função era essa.

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